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Política

Programa Nova Indústria lançado por Lula já tem diretrizes aplicadas em MS

O ponto que mais aproxima o plano nacional do estadual já aplicado no estado é o da sustentabilidade

Por Jackeline Oliveira | 23/01/2024 11:31
Presidente Lula (PT) durante anúncio do programa Nova Indústria (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Presidente Lula (PT) durante anúncio do programa Nova Indústria (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (22) um conjunto de projetos chamado Nova Indústria Brasil, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do setor industrial do país, entretanto o programa está muito alinhado com diretrizes já adotadas por Mato Grosso do Sul, de acordo com análise do secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.

“Eu acredito que Mato Grosso do Sul está muito alinhado com a proposta nacional e, talvez, seja um Estado pronto para crescer dentro dessa nova política industrial e se desenvolver ainda mais rapidamente. Acho que a política federal da neoindustrialização traz uma força, um vetor para desenvolver o Estado de Mato Grosso do Sul dentro de um processo inclusivo, digital, próspero e verde, que já é a diretriz adotada pelo governador Eduardo Riedel e, agora, estende-se em nível nacional”, afirma o secretário.

O novo programa dará um aporte de R$ 300 bilhões e segundo o Governo Federal, a maior parte dos recursos virá de financiamentos do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e da Emprabii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).

O Nova Indústria pretende alcançar até 2033 várias metas, como aumentar para 50% de participação da agroindústria no PIB agropecuário, mecanizar 70% das atividades na Agricultura Familiar com máquinas produzidas no Brasil (pelo menos 95%). Na área urbana, a meta é digitalizar 90% das indústrias e diminuir 20% o tempo de deslocamento de casa ao trabalho; na Saúde, produzir 70% dos medicamentos, vacinas, equipamentos, materiais e insumos.

Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck durante coletiva de imprensa (Foto: Marcos Maluf)
Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck durante coletiva de imprensa (Foto: Marcos Maluf)

Para Jaime Verruck, o ponto que mais aproxima o plano nacional do estadual já aplicado em Mato Grosso do Sul é o da sustentabilidade, a meta nacional é cortar em até 30% as emissões de gás carbônico por valor adicionado do PIB da Indústria, elevar a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e aumentar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano. Em Mato Grosso do Sul, a meta é se tornar Estado Carbono Neutro até 2030.

“Mato Grosso do Sul já está nesse processo de descarbonização da economia e traz outros elementos importantes. Temos uma política de inovação relevante e vamos lançar nos próximos dias uma política estadual de ciência, tecnologia e inovação, levando isso para um projeto de lei”, aponta Verruck.

Outro ponto do programa é sobre as cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais, que têm como meta aumentar para 50% a participação da agroindústria no PIB agropecuário; alcançar 70% de mecanização na agricultura familiar e fornecer pelo menos 95% de máquinas e equipamentos nacionais para a agricultura familiar.

Mato Grosso do Sul já trabalha com incremento da participação da agroindústria no PIB agropecuário e segundo Verruck, o estado pode ser ainda mais beneficiado com a política federal porque já tem os alicerces do programa. O secretário lembra que tudo que já foi fortemente discutido no estado quanto à agregação de valor e transformação do produto agroindustrial está inserido agora na política nacional.

“Em 2023, nós exportamos mais produtos agroindustriais do que produtos primários, essa é uma primeira lógica importante. Mas o plano federal traz outra questão que é a inovação, a necessidade de modernização da indústria brasileira, aumentar o conteúdo tecnológico. Para isso nós precisamos de financiamento, precisamos de pesquisa e inovação. Isso é fundamental para dar produtividade e competitividade”, explica Jaime.

A agricultura familiar que também será envolvida no novo programa do Governo Federal, já é um setor que recebe investimentos em Mato Grosso do Sul, somente no ano passado o governo estadual entregou maquinários e implementos agrícolas para comunidades de 18 municípios, totalizando R$ 5 milhões, e outros R$ 35 milhões em recursos já estavam assegurados para investir em equipamentos e ações fomento à produção, recursos oriundos de emendas parlamentares.

Por fim, o secretário de Meio Ambiente acredita que Mato Grosso do Sul pode aproveitar o programa e atrair ainda mais desenvolvimento econômico, prosseguindo no crescimento dos últimos anos. Ele avalia que Mato Grosso do Sul pode ser muito beneficiado pela nova política de industrialização, uma vez que ela traz os mesmos elementos que o estado já está implantando.

“A política que desenvolve a neoindustrialização está muito alinhada à estratégia já definida pelo governador Eduardo Riedel para Mato Grosso do Sul quando traz a ideia da inclusão, do desenvolvimento, da prosperidade, da economia verde. Ficou muito forte o conceito da transição energética, da economia verde, trazer alternativas aos combustíveis fósseis”, finaliza Verruck.

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