PSDB confirma Beto Pereira como presidente e Geraldo Resende como vice
Com a decisão de Aécio Neves, o deputado estadual Pedro Caravina, que desejava comandar a sigla, avalia saída

A Executiva Nacional do PSDB confirmou, nesta quinta-feira (4), que o partido em Mato Grosso do Sul será comandado pelo deputado federal Beto Pereira, tendo como vice o também deputado federal Geraldo Resende. A definição encerra semanas de indefinição interna e coloca sob nova direção a tarefa de reorganizar a sigla para as eleições de 2026.
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A escolha segue a orientação do presidente nacional Aécio Neves e foi comunicada após consulta às lideranças tucanas. Ambos os escolhidos já faziam parte das discussões internas sobre a reconstrução do PSDB no Estado desde a saída do ex-governador Reinaldo Azambuja, hoje no PL.
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Beto Pereira afirmou que assume a missão com o compromisso de montar chapas competitivas para deputado federal e estadual. “O partido me confiou essa missão. Agora, com os demais membros, temos a responsabilidade de construir uma chapa forte para concorrermos à Câmara Federal e continuarmos sendo o maior partido da Assembleia Legislativa”, disse ao Campo Grande News.
Geraldo Resende, que presidia o partido provisoriamente, afirmou que respeita a decisão da Nacional e que continuará atuando na reconstrução do PSDB. Segundo ele, o cargo de vice está “de bom tamanho”, já que também integra a Executiva Nacional.
O deputado estadual Pedro Caravina, que era cotado para a presidência estadual e buscava espaço na Executiva para participar da construção das chapas de 2026, não garantiu sua permanência no PSDB após março do ano que vem, quando se abre a janela partidária.
Caravina reforçou que sempre reconheceu a prioridade dada aos deputados federais na estrutura interna das siglas e que a Nacional fez uma escolha baseada nos cargos que os parlamentares ocupam em Brasília. “A gente tem que respeitar a decisão da Executiva Nacional. Eu sempre disse que os partidos têm como prioridade os deputados federais, porque eles que ditam o fundo eleitoral. A direção nacional não conhece a realidade local e fez baseado nos cargos que ocupam. Aí o tempo vai dizer. Eu permaneço no PSDB até março e vou analisar”, afirmou.
O deputado também destacou que sua permanência depende diretamente da condução da montagem das chapas. “Eu só quero que quem conduz o partido tenha habilidade para criar musculatura numa chapa de estadual e federal, para o partido se manter forte. Se eu sentir que isso está acontecendo, não tem problema disputar pelo PSDB. Mas, se entender que a forma como está sendo conduzida não oferece segurança para disputar uma eleição, eu posso migrar para outro partido”, avaliou.
Caravina confirmou ainda que recebeu convite do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para se filiar à sigla caso decida deixar o PSDB.
Com o novo comando, o partido tenta avançar na organização das candidaturas. Internamente, a expectativa é que Beto Pereira se dedique à composição da chapa federal, enquanto Caravina, mesmo fora da Executiva, deve acompanhar as negociações envolvendo a chapa estadual.
A definição do comando estadual é vista como o primeiro passo para tentar reequilibrar o PSDB em um momento de fragilidade no Estado, marcado por saídas recentes e incertezas sobre a formação das chapas para 2026.
O PSDB de Mato Grosso do Sul conta atualmente, na bancada federal, com os deputados Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira. Na Assembleia Legislativa, a sigla reúne seis parlamentares: Lia Nogueira, Pedro Caravina, Mara Caseiro, Zé Teixeira, Jamilson Name e Paulo Corrêa, embora parte deles esteja avaliando mudanças partidárias para a janela de 2025.


