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Política

Reforma da Previdência vai fazer girar dinheiro no comércio, diz economista

O economista-chefe da Associação Comercial disse que é importante a reforma ser aprovada neste semestre

Leonardo Rocha | 20/05/2019 12:53
Economista da Associação Comercial, Norman Kalmus, durante entrevista (Foto: Marina Pacheco)
Economista da Associação Comercial, Norman Kalmus, durante entrevista (Foto: Marina Pacheco)

O economista-chefe da Associação Comercial de Campo Grande, Norman Kalmus, afirmou que a aprovação da reforma da previdência vai dar mais “segurança” para economia, gerando mais investimentos, empregos e posteriormente fazendo circular mais dinheiro no comércio.

“Com um Estado mais equilibrado, tendo mais recursos para outros setores, melhora a economia, tem mais investimentos dos empresários, dando possibilidade da população gastar mais, já que haverá mais tranquilidade no mercado”, explicou ele, em entrevista ao Campo Grande News.

Norman ponderou que esta reforma deveria ter sido feita há décadas, já na gestão de Fernando Henrique Cardoso. “Ele já citava a necessidade, mas não quis mexer no vespeiro, hoje a própria população entende que é essencial. Não resolve todos os problemas, mas se não for feita teremos problemas sérios”.

Ele acredita que se o projeto não for aprovado, o governo federal terá que recorrer a outras medidas, para conseguir honrar os compromissos. “Vai ter que emitir mais moeda, gerando inflação, e neste sistema o mais atingido é quem está na base da pirâmide, os mais pobres”.

Também descreve que na situação atual, sem a reforma, o empresário fica com receio de investir, e o Brasil não é atrativo para o capital externo. “Se não tiver seguro, eles procuram outros países para investir, não vem nada para cá. O Brasil está fora dos 20 primeiros que recebem capital externo”.

Se reduzir os custos da previdência, ele entende que a União vai direcionar estes recursos para outras áreas importantes, que estão defasadas. “Haverá mais investimentos em infraestrutura, saúde, educação, tendo assim mais empregos, tudo faz parte da mesma conjuntura”.

Modelo – Norman alega que o sistema da previdência é inviável, porque não consegue se sustentar. “Quando foi criada na década de 40, a expectativa de vida era de 50 anos, hoje pode chegar a 80 (anos), vão faltar recursos, se recolhe pouco. Hoje o trabalho intelectual segue com 60 e 70 anos”.

Ele cita que durante este período foi dada muita “cortesia, com chapéu alheio”, sendo necessário a mudança. “O sonho das férias permanentes já não comporta, as pessoas vão precisar fazer sua própria poupança, para usufruir no futuro”.

Votação – Para o economista, seria importante aprovar a reforma no primeiro semestre, para gerar “confiança” e evitar estagnação da economia. “Espero que os parlamentares tenham consciência, enfrentando a questão, sem pensar primeiro em interesses políticos”.

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