Riedel defende integração contra crime organizado ao receber medalha em Dourados
Governador aponta investimento, inteligência e união como pilares do avanço da segurança pública

RESUMO
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O governador Eduardo Riedel (PSDB) recebeu a Medalha Águia da Fronteira durante solenidade no Departamento de Operações de Fronteira (DOF), em Dourados. Durante o evento, Riedel destacou que investimento, inteligência e integração são pilares fundamentais para o avanço da segurança pública em Mato Grosso do Sul. O chefe do Executivo estadual enfatizou a importância da cooperação entre estados no combate ao crime organizado transnacional e anunciou a convocação de mil novos policiais militares. Riedel também mencionou avanços em negociações com fundos de investimento asiáticos interessados em projetos ambientais e de infraestrutura no estado.
O governador Eduardo Riedel (PSDB) destacou, na manhã desta quarta-feira (20), que a integração das forças policiais é o principal fator para os avanços da segurança pública em Mato Grosso do Sul e na região Centro-Oeste. A fala ocorreu durante a solenidade de entrega da Medalha Águia da Fronteira, na sede do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), em Dourados.
O governador Eduardo Riedel (PSDB) destacou, na manhã desta quarta-feira (20), que a integração das forças policiais é o principal fator para os avanços da segurança pública em Mato Grosso do Sul e na região Centro-Oeste. A fala ocorreu durante a solenidade de entrega da Medalha Águia da Fronteira, na sede do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), em Dourados.
Ele não só recebeu a honraria como entregou a homenagem concedida pelo DOF a autoridades civis e militares que contribuem para o fortalecimento da segurança na região de fronteira.
Segundo Riedel, os três "I’s" da segurança pública hoje em Mato Grosso do Sul são investimento, inteligência e integração. O trio é a base dos resultados positivos obtidos no combate ao crime. Ele citou que, internamente, o Estado tem garantido melhores condições de trabalho para policiais militares e civis, com viaturas novas, armamentos de ponta, coletes atualizados, combustível e uniformes em dia.
"A integração aqui no Mato Grosso do Sul tem feito a diferença para a nossa capacidade de ação na segurança pública. A primeira integração foi dentro de casa, interna, com a Polícia Militar e a Polícia Civil, para que a gente pudesse dar condição de trabalho, celeridade, objetividade, sem que uma área compita com a outra", disse.
O governador garantiu que atualmente "todos têm acesso ao armamento de melhor qualidade, de colete à prova de bala também de ponta, uniformes em dia, combustíveis para viaturas novas, preparadas para dar continuidade ao trabalho que vocês fazem", comentou ao se dirigir aos profissionais da segurança que participaram do evento.
Riedel reconheceu déficit no efetivo das forças policiais, mas lembrou que vai convocar 1.000 novos policiais militares ainda este ano e que também abriu concurso para novos investigadores da Polícia Civil e a contratação temporária de bombeiros, modelo inspirado nas Forças Armadas.
Integração - O governador reforçou a importância da cooperação entre os estados para enfrentar o crime organizado, que atua de forma transnacional. Segundo ele, cada estado cuidava apenas do seu território, mas o crime não conhece fronteiras, afirmou ao defender a atuação conjunta com São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. A estratégia tem resultado em apreensões recordes e operações articuladas.
"Essa integração entre os estados no dia a dia, que foi também aperfeiçoando a capacidade operacional integrada, faz toda a diferença para combater uma das situações que pode comprometer o nosso futuro, que é o crime organizado".
O trabalho conjunto melhora a inteligência, avaliou Riedel. "A gente vê a todo momento e recebendo os relatórios, discutindo as situações... Essa composição muda completamente o resultado para a segurança pública. Quando a gente fala de crime organizado, a gente não tinha polícias integradas entre Estados. Cada Estado cuidava do seu território. E o crime não cuida do território individual, ele cuida de uma agenda que olha não só o Brasil, mas é transnacional, é internacional e a gente tinha que se preparar para isso e nós conseguimos isso através da capacidade dos comandos, dos secretários, das próprias instituições policiais".
Para Riedel, fortalecer a segurança também significa ampliar a capacidade de atrair investimentos para Mato Grosso do Sul, já que a estabilidade e a proteção contra o crime organizado são condições essenciais para o desenvolvimento econômico.

Política e investimentos - O governador também falou da filiação ao PP e disse que a mudança é natural diante da redução no número de partidos no País. Em relação à saída do PT da base do governo, afirmou que não foi procurado por lideranças da sigla e que o assunto será tratado futuramente.
Ele reforçou que deve caminhar junto com PL, PP e União Brasil no projeto político de 2026 e citou como aliados a senadora Tereza Cristina (PP) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), pré-candidato ao Senado.
"Reinaldo é pré-candidato ao Senado, eu sou pré-candidato a governo, mas isso nós vamos tratar no ano que vem. Vamos caminhar juntos com essas siglas partidárias e suas lideranças."
Ao comentar a missão oficial realizada na Ásia, o governador relatou avanços em negociações com fundos de investimento de Singapura e Japão. Os investidores demonstraram interesse em projetos ambientais, na recuperação de pastagens e em obras de infraestrutura em Mato Grosso do Sul.
"Além de empresas, nós visitamos fundos de investimento. Eles têm muito interesse na agenda do investimento ambiental na área agro, fazendo investimentos em área degradada de pastagem, trazendo novas culturas. Um deles já conhece um pouco aquela região norte do Estado, estão fazendo investimentos lá. E são fundos de Singapura, são fundos do Japão, são fundos especializados nessa área e que enxergam no Mato Grosso do Sul uma excelente oportunidade de investimento"