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Política

Semy admite que primeiros meses de Seintrha não foram totalmente produtivos

Jéssica Benitez | 13/09/2013 13:05

Na manhã desta sexta-feira, em audiência pública sobre a fiscalização no sistema de distribuição de casas da prefeitura e do Estado, o secretario Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, admitiu que a pasta abrange muitas áreas e, por isso, o trabalho dos primeiros meses de gestão progressista não foram tão proveitosos.

“Passamos por algumas dificuldades administrativas, temos que admitir, vamos ajustar a Emha. A Seintrha é grande e precisa ser repensada. Precisamos de uma reforma administrativa por parte da prefeitura”, disse Semy que acumula numa mesma pasta a responsabilidade por toda a infraestrutura, transporte e habitação de Campo Grande.

A afirmação foi feita após os vereadores Paulo Pedra (PDT) e Delei Pinheiro (PSD) criticarem a atual situação da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande). “Saíram os cupinchas e entram os mortos. A Emha está na CTI, quase morrendo, tem apenas um programa e isso é uma vergonha, temos que ressuscitá-la”, disse.

Já para Delei o ideal seria que a Emha fosse uma secretaria e não um departamento da Seintrha. “Até hoje a prefeitura só construiu 90 casas com recursos próprios, o restante foi com auxílio Federal”, contou. Outra questão apontada por Delei é a falta de servidores para atender a população na agência de habitação.

“A Emha precisa de um concurso urgente. Não estão respeitando o nível de escolaridade dos concursados que estão lá. Qualquer cidadão que vá hoje à agência será maltratado. Assistente social é só por escala. Se você vai em um dia e pedem para levar documentos no outro dia a pessoa tem que explicar o caso todo novamente porque não será a mesma assistente no atendimento”, narrou.

Evento – Semy explicou que não faltam recursos oriundos do Governo Federal para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Somente na Capital serão entregues seis mil casas, sendo metade da Emha e o restante da Ageab (Agência de Habitação Popular de mato Grosso do Sul). “As entregas devem começar no final deste ano”, garantiu.

A audiência pública foi proposta pelo vereador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, autor do projeto de Lei que prevê a criação de um sistema onde o cidadão possa acompanhar pela internet a fila de entrega de casas populares. O intuito é barrar qualquer tipo de fraude na distribuição dos imóveis.

Cerca de 80 pessoas acompanharam a reunião, vários lideres comunitários se pronunciaram sobre o assunto. O secretario de habitação garantiu que colherá todas as informações e repassará tudo ao prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). “O prefeito assumiu esse compromisso durante a campanha eleitoral. Ela fará tudo pela transparência, pois não tem compromisso com coisa errada”, finalizou.

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