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Política

Somente dois vereadores da Capital dizem que não querem reeleição

Os 29 parlamentares foram procurados para falar sobre o assunto; 12 responderam e disseram "sim" à ideia de se reelegerem

Mayara Bueno e Antonio Marques | 13/01/2016 18:30
Vereadores em plenário em uma das últimas sessões de 2015, em dezembro (Foto: Divulgação / CMCG)
Vereadores em plenário em uma das últimas sessões de 2015, em dezembro (Foto: Divulgação / CMCG)

Se a campanha eleitoral começasse agora, somente dois dos 29 vereadores de Campo Grande não tentariam um novo mandato. Nesta quarta-feira (13), todos os parlamentares foram consultados pelo Campo Grande News sobre o assunto e os 12 que atenderam às ligações disseram sim à possibilidade de reeleição.

Os que afirmam a intenção de se reelegerem dizem não acreditar que o desgaste provocado pela Operação Coffee Break vai influenciar no resultado das eleições deste ano. A investigação apura se houve esquema de compra de votos para cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

É o caso dos vereadores Ayrton Araújo (PT) e Eduardo Romero (Rede), que afirmam a intenção e que seus nomes estão à disposição do partido. Recém chegado no Rede, Romero diz que ainda não conversou com a sigla a respeito dos planos para este ano, mas no que depender do parlamentar, sua candidatura será efetivada.

Lívio Leite Viana (PSDB), que assumiu o mandato no fim do ano passado, em virtude da cassação do vereador Delei Pinheiro (PSD), disse entender que, diante da atual situação da Capital, é certo sua candidatura à reeleição. Mas reconhece que, primeiro, precisa mostrar trabalho, mesmo com menos tempo em relação aos colegas. “Já estamos planejando o mandato responsável com a cidade. Não desejo ficar fazendo milhares de indicações apenas para computar estatística e sem relevância. Não espere de mim um vereador morno”, disse

O vereador Roberto Durães (PT), que também assumiu há poucos dias de encerrar o ano legislativo, em 2015, a intenção é tentar a candidatura no pleito deste ano, mas, antes, apresentar seu trabalho na Câmara Municipal.

Já o primeiro secretário da Casa, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), atribui à sua atuação no legislativo municipal, como seus projetos de lei aprovados, o motivo de tentar a reeleição este ano. Um dos indicados pelo MPE de ter envolvimento em possíveis irregularidades na cassação de Bernal, o parlamentar disse que votou convicto para cassar o prefeito em razão de ilegalidades administrativas praticados pelo chefe do Executivo à época.

Outro candidato que garante a participação na disputa deste ano é o vereador Chiquinho Telles (PSD). Sobre possível desgaste em 2015, o parlamentar disse “ser natural quando se assume um mandato, mas a população sabe quem tentou ajudar”. Herculano Borges (SD), não confirma oficialmente sua candidatura, mas afirma ser é uma possibilidade. “Meu compromisso é atender à população. Estou esperando algumas definições, mas existe a possibilidade de sair à reeleição”.

O vereador Coringa (PSD), por sua vez, tem a tentativa de reeleição como plano para 2016, isso se a ação movida por ele e que tramita, atualmente, no STF, mantiver o deputado federal Elizeu Dionisio (agora, no PSDB), no cargo. Coringa pede judicialmente o mandato de Elizeu, alegando infidelidade partidária e, se tiver sucesso na ação, assumirá o cargo na Câmara dos Deputados. Para ele, independente do desenrolar da Operação CoffeeBreak, a eleição deste ano será “complicada”, uma vez que as pessoas “não acreditam mais na classe política”.

Otávio Trad (PT do B), Edson Skimaburo (PTB) e Jamal Salem (PR) também confirmaram a disputa a reeleição. Ambos acreditam que os desdobramentos da Coffee Break pouco poderá influenciar negativamente em 2016. “Acredito que não, tenho andado muito e conversado com as pessoas, elas entendem o motivo da cassação do Bernal”, afirmou o vereador Jamal, que foi secretário municipal de Saúde, na gestão do ex-prefeito, Gilmar Olarte (PP).

Além de sua própria candidatura, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) afirma que a intenção do partido de lançar mais candidatos e tentar ampliar a bancada no legislativo municipal, atualmente, ocupada somente por ela. “Queremos candidatos nas áreas de cultura, educação, urbanismo”.

Quem não vai – Os vereadores Mario Cesar, ex-presidente da Casa de Leis, e Edil Albuquerque, ambos do PMDB, já disseram, em outras ocasiões, que deixarão a vida política, pelo menos de mandatos políticos, ao término deste ano. A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com os dois, mas somente Edil atendeu as ligações.

O parlamentar não tentará a reeleição, diz, por entender que já cumpriu seu trabalho frente ao legislativo municipal. Mario Cesar, por sua vez, afirmou, na ocasião de sua recondução à Câmara Municipal, em novembro passado, que não tentará a reeleição. A decisão, segundo ele, foi de cunho pessoal.

Não atenderam – A reportagem do Campo Grande News tentou contato, via telefone, mas não obteve resposta dos vereadores: Alex do PT, Vanderlei Cabeludo (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Chocolate (PTB), Francisco Luis Saci (PRTB), Airton Saraiva (DEM), Magali Picarelli (PMDB), Mario Cesar (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Cazuza (PP), Roberto Santana dos Santos (PRB), Gilmar da Cruz (PRB), Eduardo Cury (PT do B), Flávio César (PT do B) e José Chadid (sem partido).

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