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Política

Temer reúne ministros e diz que limite público de gastos é prioridade

Ricardo Campos Jr. | 31/08/2016 17:14
Temer fala durante reunião com ministros (Foto: reprodução)
Temer fala durante reunião com ministros (Foto: reprodução)

A aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estipula um limite de gastos para as despesas públicas será uma das prioridades de Michel Temer (PMDB) como presidente do Brasil. Logo depois de tomar posse no Senado, na tarde desta quarta-feira (31), ele se reuniu como ministros antes de viajar para a China, onde participa de reuniões na tentativa de trazer recursos ao país.

Eleito vice ao lado de Dilma Rousseff (PT), ele assume a chefia do Governo Federal depois que ela teve o mandato cassado em processo de impeachment.

Temer cobrou dos chefes das pastas reúnam-se com seus partidos para garantir o encaminhamento da medida no Congresso Nacional, e afirmou que pretende vê-lo aprovado ainda em 2016. “O Legislativo e o Executivo têm de estar em conexão permanente, têm que dialogar insistentemente”.

Outros dois temas citados como prioridade pelo presidente foram as reformas previdenciária e trabalhista, pedindo inclusive que seja dada publicidade a essas duas questões para esclarecer a população sobre a importância delas.

Além disso, Temer pediu que os ministros criem grupos dentro de suas equipes e se dediquem a desburocratizar as ações, cuidem “com afinco” de suas respectivas áreas e não se abstenham de dar entrevistas e falar publicamente sobre elas.

O presidente também ressaltou que a viagem para a China serve para “revelar segurança e estabilidade política”. Depois de se encontrar com os governantes locais, ele participa da reunião com o G20, onde deve discursar em todos os quatro eventos do congresso. “Não quero que digam que fui a passeio. Farei várias viagens para trazer recursos ao país”, afirmou aos chefes das pastas.

A partir de agora, segundo ele, não será tolerado o rótulo de golpista levantado pela oposição que apoia Rousseff e a defendeu até o último instante no processo que culminou na cassação dela. “Não vamos levar ofensa para casa”, afirmou. Entretanto, ele pediu que os aliados respondam à altura e de forma elegante. “Isso aqui não é brincadeira”, concluiu o presidente.

Rápido - A posse de temer foi realizada em uma sessão solene no Senado, que durou poucos minutos e não teve discursos. O presidente deve se manifestar em um pronunciamento em rede nacional antes de embarcar para a Ásia.

Ele entrou no plenário e foi cumprimentado por diversos parlamentares. Alguns até tiraram fotos com ele. O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou aberta a sessão solene.

Em seguida, a banda dos fuzileiros navais entoou o Hino Nacional. Temer assumiu, então, os compromissos de manter, defender e cumprir a Constituição Federal; zelar pelo bem geral do povo brasileiro e manter a união, integridade e independência do Brasil.

O termo de posse foi lido e depois assinado pelo presidente. Logo em seguida, a sessão foi encerrada.

Queda de Dilma - A sessão final de julgamento no Senado, comandada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, começou na quinta-feira passada (25). Eram necessários 54 votos “sim” pelo afastamento definitivo de Dilma.

Com isto, a petista foi comunicada oficialmente pelo Senado e está definitivamente afastada. A votação no Senado foi nominal, eletrônica e em duas etapas.

Primeiro, os senadores responderam à seguinte pergunta: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados?"

Em seguida, votaram se "Ela deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?”.

Nas últimas etapas do julgamento, Dilma foi defender-se no Senado. Passou praticamente toda a segunda-feira (29) respondendo a perguntas de senadores, depois de um pronunciamento em que negou ter cometido crime de responsabilidade pelas chamadas “pedaladas fiscais”, dizendo, entre outras coisas, que a denúncia contra ela teve forma e seguiu o rito processual, mas não se sustentava em conteúdo.

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