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Política

Vereadores começam a definir troca de partido para tentar reeleição em 2024

Veja os parlamentares que já escolheram destino para a disputa eleitoral e como se movimentam os indecisos

Por Caroline Maldonado | 13/10/2023 12:46
Vereadores decididos a mudar de partido: Marcos Tabosa (PDT), Victor Rocha (PP), Valdir Gomes (PSD), Tiago Vargas (PSD), Riverton de Souza (PSD) e Clodoilson Pires (Podemos). (Fotos: Divulgação/CMCG) 
Vereadores decididos a mudar de partido: Marcos Tabosa (PDT), Victor Rocha (PP), Valdir Gomes (PSD), Tiago Vargas (PSD), Riverton de Souza (PSD) e Clodoilson Pires (Podemos). (Fotos: Divulgação/CMCG)

Em março de 2024, os vereadores poderão mudar de partido sem perder seus mandatos. A chamada janela partidária fica “aberta” por 30 dias, seis meses antes das eleições, que ocorrerão em outubro. Metade dos parlamentares vai mudar de sigla para ter mais chances de reeleição. Na Câmara Municipal de Campo Grande, dos 29 parlamentares, apenas 14 não planejam mudança, mas os demais já admitem que estão avaliando convites e alguns já decidiram o destino.

Os partidos que já sabem quais serão seus novos filiados são o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), PP(Progressistas) e PSB (Partido Socialista Brasileiro).

O PP vai receber o vereador Clodoilson Pires, que deixará o Podemos, e o Riverton de Souza, o “Prof. Riverton”, que sairá do PSD. O líder da prefeita Adriane Lopes na Câmara, Roberto Avelar, o “Beto”, avalia o mesmo destino, afinal assim ficará no partido dela para seguir na liderança, caso reeleito.

O vereador Tiago Vargas, que desde 2021 não esconde o descontentamento com o partido atual, o PSD (Partido Social Democrático), pode ir para o PP, pois já recebeu o convite da prefeita de Campo Grande e candidata à reeleição, Adriane Lopes, e da senadora Tereza Cristina, ou para o PL (Partido Liberal).

O importante é estar “em um partido com ideologias de direita: Deus, pátria, família, propriedade, livre comércio, direito de defesa do cidadão e sua família”, nas palavras de Tiago.

Por outro lado, o PP perde o vereador Victor Rocha, o “Dr. Victor”, que vai para o PSDB. Ele acredita que o “ninho tucano” está mais de acordo com suas pautas para tentar seguir no Legislativo.

O PSDB é o que mais tem atraído novos aliados com mandato e o PSD é o que mais tem vereadores querendo deixar o partido. O vereador Valdir Gomes também deve deixar o PSD e ir para o PSDB, embora esteja ainda avaliando convites de outros partidos. Quem vai para o PSDB vai apoiar o pré-candidato a prefeito, deputado federal Humberto Pereira, o "Beto Pereira".

Marcos Tabosa deixará o PDT (Partido Democrático Trabalhista) para se filiar ao PSB, partido do presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão”, pré-candidato à prefeitura.

Ademar Vieira Júnior, o “Coringa”, revela que recebeu convites de vários partidos, mas, por enquanto, permanece no PSD. No entanto, as oportunidades dele estão no MDB (Movimento Democrático Brasileiro), PSDB, PP e PDT. Até a janela partidária, o vereador pode se decidir por uma das siglas.

É importante lembrar que o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e o Patriota já anunciaram uma fusão com a intenção de lançar o partido Mais Brasil. Com isso, o único vereador do PTB, Willian Maksoud, acredita que também encontrará um destino diferente para tentar a reeleição. Ele tem convite do PSDB, mas também prefere adiar a decisão.

Outros cotados pelo PSDB são os vereadores Epaminondas Neto, o “Papy”, que está no Solidariedade; Ronilço Cruz, o “Guerreiro”, e Silvio Pena, o “Pitu”. Papy e Guerreiro não se decidiram ainda e Pitu não respondeu sobre os planos.

“Mas na política tudo depende de muita conversa e isso nós temos feito bastante. Tenho muito carinho e confiança no PSDB e nos seus líderes, principalmente João César Mattogrosso [deputado estadual] e Reinaldo Azambuja [ex-governador e presidente estadual do partido], mas essa definição ficará realmente para o ano que vem, até porque minha primeira opção era continuar liderando o Solidariedade para mais uma eleição de sucesso”, explica Papy.

Zé da Farmácia também prefere não afirmar o destino, mas não esconde a afinidade com o PSDB. “Ainda é cedo para decidir o partido, tenho lealdade ao Podemos, partido pelo qual fui eleito, porém até o momento não tenho informações sobre o futuro deste. Está tudo muito quieto por lá. O PSDB é uma ótima opção de mudança para mim e recebi o convite para migrar para o ninho tucano, no qual sou muito bem-recebido”, diz.

Sem mudanças - Seguem nos partidos que o elegeram sem fazer menção de mudança os vereadores Ayrton Araújo e Luiza Ribeiro, do PT (Partido dos Trabalhadores); Roberto Santana, o “Betinho” (Republicanos); Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB); Alírio Villasanti (União Brasil); Jamal Salem, o “Dr. Jamal”, e Loester Nunes, o “Dr. “Loester (MDB); Paulo Lands (PP); Ademir Santana (PSDB); e o pré-candidato a prefeito pelo Rede Sustentabilidade, André Luís Soares da Fonseca, o “Prof. André”.

Otávio Trad (PSD) recebeu convite, mas foca em diálogo para permanecer no partido. Vanderlei Pinheiro, o "Delei" (PSD), também não respondeu sobre seus planos.

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