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Política

Mesmo com federação entre União e PP, vereadores afirmam que manterão autonomia

Bancada do partido, com 3 vereadores, também afirmou que não será base da prefeita Adriane Lopes (PP)

Por Mylena Fraiha | 25/03/2025 13:19
Mesmo com federação entre União e PP, vereadores afirmam que manterão autonomia
Bancada do União Brasil, formada pelos vereadores Veterinário Francisco, Fábio Rocha e Dr. Lívio Leite, durante sessão na Câmara Municipal (Foto: Izaías Medeiros).

Apesar das tratativas para a federação entre União Brasil e PP (Progressistas) em nível nacional, a bancada do União Brasil na Câmara Municipal de Campo Grande reafirmou sua posição de independência e garantiu que não atuará como base da prefeita Adriane Lopes (PP). Atualmente, a bancada do União na Câmara conta com três vereadores: Fábio Rocha, Dr. Lívio e o Veterinário Francisco.

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A bancada do União Brasil na Câmara Municipal de Campo Grande, composta por Fábio Rocha, Dr. Lívio e Veterinário Francisco, reafirmou sua independência política, mesmo com a possível federação nacional com o PP. A federação, que pode resultar na maior bancada da Câmara dos Deputados, não implica fusão, permitindo que os partidos mantenham autonomia. Os vereadores destacaram que continuarão votando de forma independente, priorizando o bem da população, e que a federação fortalecerá as chapas para futuras eleições, sem alterar seu posicionamento na Câmara Municipal.

Em Brasília, União Brasil e PP estudam a formação de uma federação que pode resultar na maior bancada da Câmara dos Deputados, ultrapassando o PL, que conquistou 99 cadeiras nas eleições de 2022 e atualmente conta com 92. Caso a federação se concretize, União e PP somariam 106 cadeiras com base na última eleição.

À reportagem, o líder da bancada do União Brasil na Câmara, Fábio Rocha destacou que a federação não significa fusão e que a independência será mantida. "A federação não é igual a uma fusão, que transforma tudo em um único partido. Os partidos continuam os mesmos, União e PP. Trabalhamos com a situação de independência: o que for a favor da população, estaremos ali; o que for prejudicial, temos liberdade para discutir, tanto com a prefeita quanto com os demais colegas. Seguimos como situação independente, mesmo dentro dessa federação, que provavelmente vai acontecer."

Fábio também ressaltou que a federação fortalece os partidos para as próximas eleições, mas pode tornar as disputas mais acirradas. "Em um cenário próximo das eleições para deputados estaduais, governo e presidência, essa federação se torna uma chapa mais forte, com mais recursos. Ao mesmo tempo, traz um desafio para aqueles que vão concorrer, pois haverá candidatos experientes e com mandato. No entanto, em termos de estrutura e experiência, essa federação ajuda bastante”

O vereador Dr. Lívio também reforçou a diferença entre federação e fusão e garantiu que a autonomia da bancada será preservada. "Essa é uma federação, não uma fusão. Isso é muito importante porque mantém a independência administrativa dos dois partidos. A federação facilita a montagem de chapas para deputados federais e estaduais na próxima eleição, além da formação de chapas para vereadores em 2028."

Ele enfatizou que a decisão não interfere no posicionamento do partido na Câmara Municipal. "Isso não muda em nada nosso posicionamento de independência. Eu me mantenho independente, não vou para a base da prefeita. Voto com a prefeita quando achar que devo e não voto quando não achar.  Mantemos um grau de independência. Não se trata de independência total, nem de subserviência, mas de coerência dentro da nossa base”.

Já o vereador Veterinário Francisco reforçou que seu foco continua sendo o trabalho pelo “bem da população da Capital”. "Se estou aqui na Câmara, eu sou Campo Grande. Vou trabalhar pelo Campo Grande, defendendo minha bandeira, que é a saúde pública, o meio ambiente e os pets. Estamos defendendo aquilo que é de interesse da população."

Sobre a federação, ele avaliou como um movimento natural e inevitável. "Acho que é algo natural. Vários partidos estão se fundindo, fazendo essa união, e vamos trabalhar juntos. Assim como o PP vai se unir ao União Brasil, outros partidos também se unirão. As diferenças serão acertadas ao longo do projeto, do caminho. É uma estrada de mão única, não podemos ter uma mão dupla. Nosso objetivo é trazer o melhor para Campo Grande e para o Mato Grosso do Sul”, diz Francisco.

Em andamento  - Conforme noticiado anteriormente, a federação entre os partidos Progressistas (PP) e União Brasil deu mais um passo para se tornar realidade. No dia 18 de março, a direção nacional do PP aprovou a continuidade das tratativas para a formalização da união. No Mato Grosso do Sul, a estrutura da nova federação terá o comando do PP, segundo lideranças da legenda no Estado.

De acordo com Marco Aurélio Santullo, ex-presidente do PP em MS e um dos três representantes do Estado na votação da executiva nacional, a decisão foi unânime. Além dele, participaram a senadora Tereza Cristina (PP) e o deputado federal Luiz Ovando (PP), que também votaram a favor da continuidade das negociações.

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