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Política

Militares ligados a MS serão julgados por trama golpista em abril

STF começou a analisar se aceita a denúncia contra Jair Bolsonaro e seus ex-ministros

Por Lucas Mamédio | 25/03/2025 17:36
Militares ligados a MS serão julgados por trama golpista em abril
Procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sustentação oral em sessão da 5ª Turma que (Foto: Foto: Antonio Augusto/STF)

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta semana se aceita a denúncia contra Jair Bolsonaro e seus ex-ministros, os militares ligados a Mato Grosso do Sul que também são denunciados por integrar a tentativa de golpe de Estado já têm data para serem julgados: 8 e 9 de abril. Eles fazem parte do chamado “Núcleo de Ações Táticas”, o terceiro a ser apreciado na ordem estabelecida pela Corte.

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Militares ligados a Mato Grosso do Sul, envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado, serão julgados em abril. Entre os acusados estão o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto e o major Sérgio Ricardo Cavaliére de Medeiros, ambos do Exército. Eles são acusados de participar de um plano para impedir a posse de Lula. Bernardo foi preso nos EUA e é acusado de pressionar o Alto Comando do Exército. Cavaliére teria disseminado mensagens falsas sobre fraudes eleitorais e defendido o uso da violência. O julgamento faz parte de uma série de ações do STF contra envolvidos em atos golpistas.

Estão na lista o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, que comandou o Regimento Antônio João, em Bela Vista, até 2022, e o major Sérgio Ricardo Cavaliére de Medeiros, também ligado ao Exército. Ambos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participação ativa na elaboração e apoio a um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O coronel Bernardo foi preso nos Estados Unidos em fevereiro do ano passado, durante desdobramentos da Operação Tempus Veritatis. Segundo a denúncia, ele participou de reuniões com outros militares para pressionar o Alto Comando do Exército a aderir ao plano golpista. Em mensagens com o então ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, chegou a falar sobre "limpar registros", sugerindo destruição de provas.

Já o major Cavaliére foi apontado como responsável por disseminar mensagens falsas sobre fraude nas urnas eletrônicas. Em uma das conversas interceptadas, ele defende o uso de violência para garantir a permanência de Bolsonaro no poder: “É só partir com os fuzileiros”, escreveu.

Além dos dois denunciados, outros nomes com ligações com MS foram citados nas investigações. É o caso do coronel reformado Laércio Vergílio, que chegou a ser alvo de mandado de busca e foi ouvido pela Polícia Federal, mas ainda não foi denunciado formalmente. O mesmo ocorre com o suplente de senador e presidente do PL no Estado, Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela.

Segundo a PGR, ambos mantiveram contatos com membros da cúpula bolsonarista e participaram de articulações que estão sendo investigadas em procedimentos separados.

Ordem dos julgamentos - A PGR dividiu as denúncias em cinco núcleos, conforme os eixos de atuação identificados pela Polícia Federal. O julgamento desta semana, iniciado nesta terça-feira (25), analisa o chamado “Núcleo Crucial”, formado pelo próprio ex-presidente Bolsonaro, ex-ministros e militares do alto escalão.

Na sequência, vêm os seguintes blocos: Núcleo 2 – Gerenciamento de ações: julgamento nos dias 29 e 30 de abril. Núcleo 3 – Ações táticas (com os militares de MS): julgamento em 8 e 9 de abril. Núcleos 4 e 5 – Desinformação: ainda sem data definida.

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