Remédio que reduz em até 50% mortes por câncer de mama começa a ser distribuído
Medicamento chega ao SUS; MS tem cerca de 920 novos casos por ano
O tratamento de câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS) ganhou um reforço importante. O Ministério da Saúde começou a distribuir, nesta segunda-feira (13), o medicamento trastuzumabe entansina, indicado para pacientes com câncer de mama do tipo HER2-positivo que continuam com a doença mesmo após a quimioterapia. Em Mato Grosso do Sul, a estimativa é de cerca de 920 novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
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O Ministério da Saúde iniciou a distribuição do medicamento trastuzumabe entansina para tratamento de câncer de mama HER2-positivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O primeiro lote contém 11.978 unidades, parte de um total de 34,4 mil frascos-ampola que serão entregues até junho de 2026. O medicamento, que pode reduzir em até 50% o risco de morte e reincidência da doença, beneficiará 1.144 pacientes até o fim de 2025. Com investimento federal de R$ 159,3 milhões, o tratamento atua de forma direcionada nas células doentes, minimizando efeitos colaterais e aumentando a eficácia.
O primeiro lote recebido contém 11.978 unidades do medicamento. No total, estão previstas quatro remessas, com as próximas entregas programadas para dezembro deste ano, março e junho de 2026. De acordo com o Ministério da Saúde, a quantidade é suficiente para suprir toda a demanda atual do SUS, atendendo 1.144 pacientes até o fim de 2025.
O investimento federal chega a R$ 159,3 milhões, valor destinado à compra de 34,4 mil frascos-ampola. As doses serão encaminhadas às secretarias estaduais de Saúde, responsáveis pela distribuição conforme os protocolos de tratamento.
O trastuzumabe entansina é considerado um dos medicamentos mais eficazes para reduzir o avanço e a reincidência do câncer de mama HER2-positivo, tipo caracterizado pela multiplicação acelerada das células tumorais. Estudos clínicos indicam que o remédio pode diminuir em até 50% o risco de morte e de retorno da doença em pacientes que já passaram pela quimioterapia.
Além disso, o medicamento foi incorporado ao SUS em 2022 e atua de forma direcionada, liberando a substância anticancerígena diretamente nas células doentes, o que reduz os efeitos colaterais e aumenta a eficácia do tratamento.
A expectativa é que o novo tratamento chegue aos hospitais públicos e centros de referência até o fim deste mês ou início de novembro. O governo federal classificou a chegada do medicamento como um avanço significativo na oncologia, especialmente por ocorrer durante o Outubro Rosa, campanha nacional de conscientização sobre o câncer de mama.
