Citroën Basalt: Teste e análise do novo SUV-Cupê
Com destaque no preço o modelo conta com motor turbo e muito espaço interno
Os carros no Brasil estão com preços nas alturas, mas uma boa notícia para quem procura um SUV mais em conta, é a chegada do Citroën Basalt, que é muito espaçoso, tem um conjunto mecânico ótimo e cobra um preço justo, porém para ter um preço baixo a montadora precisa cortar alguns gastos, fazendo algumas econômias, é justamente isso que vamos aliar, o custo benefício deste carro, pra isso ficamos sete dias com o Basalt versão shine a mais completa para uma avaliação.
O Citroën Basalt chegou no mercado brasileiro no final de 2024, o objetivo da montadora era trazer um carro com muito espaço interno com preço acessível diante da concorrência. Neste teste vou mostrar quais os pontos negativos e positivos deste modelo, e se vale a pena comprar esse carro.
O Basalt mede 4.343 mm de comprimento, maior que um Aircross (4.320 mm), o entre-eixos de 2.645 mm é até um pouco menor que do SUV que chega aos 7 lugares (2.675 mm). São 1.821 mm de largura e 1.585 mm de altura.
Design que Chama a Atenção:
Desde o primeiro olhar, o Basalt se destaca pelo seu design diferenciado, que mistura elementos de SUV com a fluidez de um cupê. As linhas arrojadas, a assinatura luminosa em LED e a silhueta que lembra o Fastback atraíram olhares por onde passei em Campo Grande. A versão Shine, topo de linha, adiciona detalhes cromados e rodas de liga leve com design exclusivo, elevando ainda mais o apelo visual. Na dianteira lembra um pouco o Aircross que já testamos aqui, o visual da traseira divide opiniões, alguns amam outros odeiam.
Os passageiros que vão no banco traseiro tem muito espaço para as pernas, são 4,34 m de comprimento, 1,58 m de altura, 1,82 m de largura e 2,64 m de distância entre-eixos.
Motor 1.0 Turbo: Agilidade na Medida Certa para o Dia a Dia:
Sob o capô, o motor 1.0 turbo flex de 130 cv e 20,4 kgfm de torque (etanol) se mostrou competente para a rotina urbana de Campo Grande. em conjunto com o câmbio automático do tipo CVT com 7 marchas simuladas, fazem com que o SUV garanta boas acelerações e retomadas de velocidade para ultrapassagens, principalmente quando o modo Sport está ativo. Um único ponto que pode trazer um certo incômodo ao condutor é o pequeno atrasado na resposta do acelerador nos momentos de arrancada com o SUV parado.
Já em retomadas com giro mais alto foi um ponto positivo, facilitando ultrapassagens e o tráfego em avenidas movimentadas. O câmbio automático do tipo CVT, se mostrou eficiente, dando bom desempenho, e uma direção agradável, até mesmo em acelerações mais bruscas o carro tem ótima agilidade no trânsito.
Consumo de Combustível:
Considerando o trânsito da cidade e o uso do ar-condicionado, essencial sob o clima quente de Campo Grande, o consumo de combustível do Basalt 1.0 turbo surpreendeu positivamente. Durante os sete dias de teste, com um uso misto entre percursos urbanos e alguns trechos rodoviários curtos, registramos uma média 7,6 km/l na cidade, com etanol. De acordo com Inmetro, o SUV roda 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números são melhores: 11,9 km/l na cidade, e 13,7 km/l na estrada.
Conforto e Espaço Interno:
Apesar da linha de teto mais baixa na parte traseira, o espaço interno do Basalt se mostrou adequado para acomodar até cinco passageiros. O porta-malas, é um dos grandes destaques com seus 490 litros, oferece bom espaço para as necessidades do dia a dia e para bagagens em viagens.
Apesar de simples o carro transporta 5 passageiros com conforto. Os bancos oferecem bom suporte, e a suspensão absorve bem as irregularidades do asfalto, proporcionando uma rodagem agradável, mesmo em ruas com imperfeições comuns em algumas regiões de Campo Grande. O isolamento acústico também se mostrou eficiente, minimizando o ruído externo na cabine.
Tecnologia e Conectividade:
A versão Shine do Basalt vem bem equipada a central multimídia Citroën Connect Touchscreen de 10,25 polegadas com Android Auto e Apple Carplay e seis alto-falantes. Logo abaixo dele, a oferta do ar-condicionado digital digital.
O painel achei pequeno, porém é 100% digital e tem informações necessárias do básico. O volante tem boa empunhadura. Os comandos são fáceis. A partida é por chave tradicional, não é do tipo presencial.
Pontos de Atenção:
Apesar dos muitos pontos positivos, alguns aspectos merecem ser mencionados. A visibilidade traseira, um ponto comum em veículos com design cupê, pode ser um pouco limitada, exigindo atenção extra em manobras. Além disso, a ausência de alguns itens de segurança ativa mais avançados, como alerta de ponto cego ou frenagem autônoma de emergência, pode ser sentida por alguns consumidores, porém esses itens só vem e carros com valores superiores.
O acabamento interno tem bastante plástico de aparência simples
Conclusão:
O Citroën Basalt Shine 1.0 turbo se mostrou uma opção interessante para quem busca um carro com muito espaço interno e design diferenciado, bom desempenho para o uso urbano em Campo Grande, e um consumo de combustível eficiente. O conforto e a tecnologia embarcada também são pontos positivos que contribuem para uma experiência de condução agradável.
Apesar de alguns pontos de atenção, o Basalt chega para acirrar a concorrência no segmento de SUVs compactos, oferecendo um pacote atraente para o consumidor que valoriza estilo, praticidade e economia. Resta agora aguardar a receptividade do mercado local a essa nova proposta da Citroën.
A pergunta que mais escuto é se vale a pena. O Citroën Basalt tem concorrentes de peso como: Nissan Kicks, Renault Kardian, Volkswagen Nivus e até os Fiat Pulse e Fastback. Praticamente em relação à todos, o acabamento é bem mais simples. O plano da Citroën é realmente entregar "mais carro", ou seja, porte e espaço interno a um preço mais baixo do que os rivais. Você entenderá isso quando entrar no Basalt.
