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Testamos o Honda City 2018 pelas ruas de Campo Grande

Por uma semana avaliamos a versão topo de linha EXL equipada com câmbio automático CVT

Márcio Martins | 25/07/2018 14:30
Foto: Márcio Martins
Foto: Márcio Martins

Durante uma semana testamos o Honda City 2018 na versão topo de linha EXL equipado com câmbio automático CVT, o modelo ganhou melhorias importantes para encarar a concorrência, com a chegada do VW Virtus, Fiat Cronos e Toyota Yaris sedã que estão na mesma faixa de preço dele.

No visual as mudanças foram discretas e também nenhuma alteração nas versões que continua com cinco: DX (manual), Personal, LX, EX e EXL (automáticas). A versão DX automática (destinada a pessoas com deficiência) recebeu o nome de Personal.

Os faróis são novos e trazem luzes de rodagem diurnas, com iluminação ampliada, com refletor duplo e lâmpadas halógenas em todas as versões, com exceção do modelo EXL que testamos que recebeu luzes em LED tanto para o farol baixo como para o alto, ampliando a sofisticação e a segurança de rodagem em ambientes de baixa iluminação. Além disso o modelo ganhou nova roda de liga leve de 16 polegadas com desenho exclusivo. A versão DX, por sua vez, passa a ser equipada com rodas de liga leve de 15 polegadas, que trazem também um desenho inédito.

Testamos o Honda City 2018 pelas ruas de Campo Grande
Testamos o Honda City 2018 pelas ruas de Campo Grande

Além da parte estética, o City 2018 ganhou mais conteúdo, em todas as versões vem de série com: ar-condicionado (manual nas versões DX, Personal e LX, e digital touchscreen na EX e EXL); sistema de som com Bluetooth e entrada USB; direção elétrica EPS; acionamento elétrico para travas, vidros elétricos das quatro portas; volante com ajuste de altura e profundidade e chave do tipo canivete, dentre outros vários equipamentos.

Para a linha 2018, a Honda adotou uma nova cor para o acabamento no painel presente a partir da versão LX, que ganhou um cinza mais escuro, enquanto os bancos, nas versões equipadas com tecido, trazem também uma nova padronagem. Além desses equipamentos, a versão se destaca por trazer bancos traseiros rebatíveis em 40/60 e controle de áudio no volante.

No City EX a novidade fica por conta da adoção dos airbags laterais, em adição aos dois frontais, de série em todas as versões. Também oferece como destaques o ar-condicionado digital touchscreen automático, volante com acabamento em couro e apoio de braço central dianteiro revestido e com porta-objetos, bem como o controle de cruzeiro e o sistema de áudio com tela de 5 polegadas, oito alto falantes, que oferecem uma qualidade sonora superior, além de câmera para manobras em marcha à ré.

O painel de instrumentos, já está com visual defassados comparado com o do Virtus e Cronos.

Testamos o Honda City 2018 pelas ruas de Campo Grande
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A versão EXL traz nova central multimídia de sete polegadas com navegador integrado e conectividade com o sistema Apple CarPlay e Android Auto. De fácil operação, apresenta manuseio semelhante ao de um tablet, permitindo a operação intuitiva de mapas do sistema de navegação nativo, ou do Waze (por meio do Android Auto).

Além de permitir a reprodução de música via Bluetooth, por dispositivos portáteis, ou de serviços de streaming (via conexões Bluetooth, Android Auto ou Apple CarPlay), essa central permite comandos por voz, ativável por meio de um botão no volante. Esse conjunto de áudio traz visualização da câmera de ré em três ângulos (regular, wide e top down) e indicação de distância por cores.

Complementando a versão EXL, a linha 2018 recebeu retrovisores elétricos com rebatimento automático, tanto por meio de um botão interno, como pela chave. O City EXL traz ainda bancos revestidos em couro, descansa braço central revestido e seis airbags - frontais, laterais e do tipo cortina.

O City iniciou suas vendas no Brasil em 2009; para os padrões da época, o City era quase um sedã médio, bem mais espaçoso que os compactos, fazendo um certo sucesso e pôde até cobrar mais, resultando em boas vendas. A situação permaneceu positiva nos anos seguintes até que a Honda lançou a segunda e atual geração em 2014. Em vez de subir, as vendas caíram (25 mil unidades, contra 35 mil do ano de estreia).

Testamos o Honda City 2018 pelas ruas de Campo Grande
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Como anda

Na parte mecânica não houve mudanças, segue o motor 1.5 flex que entrega 116 cv de potência a 6.000 rpm e 15,3 kgf.m de torque a 4.800 rpm - quando abastecido com gasolina, são 115 cv a 6.000 rpm e 15,2 kgf.m a 4.800 rpm, acoplado a ele o câmbio CVT com conversor de torque, o que melhora a força de tração em baixas velocidades.

No trânsito urbano, o carro é bastante confortável, tem uma boa posição de guiar, pena é o desempenho tímido, o motor atende bem em uma condução tranquila do dia a dia, porém falta folego. Ao pisar fundo no acelerador o motor “grita” e o ruído invade a cabine chega a incomodar, isso ocorre por conta do câmbio CVT, que conta também com trocas manuais através de borboletas atrás do volente que simulam sete marchas. 

A direção conta com assistência elétrica sendo bem mais leve que a tradicional hidráulica, os freios são eficientes, e dá conta de sobra em emergências.

No quesito consumo fez 6,5 km/l na cidade sempre com etanol, pegamos o carro com um tanque cheio de etanol por isso não foi possível testar com gasolina.

Testamos o Honda City 2018 pelas ruas de Campo Grande
Testamos o Honda City 2018 pelas ruas de Campo Grande

Infelizmente o City não veio equipado com importantes itens de segurança como os controles de tração e estabilidade nem como opcional, que estão presentes em seus concorrentes de mesmo valor e até em carros de entrada como o novo Ka SE Tecno 1.0 que custa bem menos.

O City 2018 trata bem os ocupantes, com bom espaço principalmente para quem viaja atrás, graças ao seu entre-eixos de 2,60 metros. Ao passar por ruas com pavimento irregular o carro se mostrou bem confortável, apesar da suspensão ser calibrada privilegiando a estabilidade, dando mais firmeza em curvas.

Seu porta-malas comporta bons 536 litros, tem boa apertura e fácil rebatimento do banco traseiro para transportar alguma carga maior.

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No quesito segurança o City 2018, conta com uma carroceria com tecnologia ACE (Advanced Compatibility Engineering), desenvolvida exclusivamente pela Honda, essa estrutura foi projetada para distribuir de maneira uniforme a energia de um impacto, reduzindo a força transferida para a cabine e protegendo os ocupantes. Além disso, a estrutura dispersa de maneira mais uniforme a força transferida para outros veículos envolvidos na colisão.

Confira abaixo os preços e ficha técnica do modelo:

DX - MT: R$ 60.900,00
Personal - CVT: 68.700,00
LX - CVT: R$ 72.500,00
EX - CVT: R$ 77.900,00
EXL - CVT: R$ 83.400,00
*valores adicionais para pintura metálica (R$ 990,00) e especial (R$1.290,00)

Ficha técnica do carro testado


Honda City 1.5 EXL


Preço R$ 83.400
Motor flex, diant., transversal, quatro cilindros, 16V, SOHC, VTEC, 1.497 cm³, 116/115 cv a 6.000 rpm, 15,3/15,3 mkgf a 4.800 rpm
Câmbio automático, CVT, tração dianteira
Suspensão McPherson (dianteiro)/ eixo de torção (traseiro)
Freios discos ventilados (dianteiro)/ tambor (traseiro)
Direção elétrica
Rodas e pneus 185/55 R16
Dimensões comprimento, 445,5 cm; altura, 148,5 cm; largura 169,5 cm; entre-eixos, 260 cm; peso, 1.137 kg; tanque, 46 l; porta-malas, 536 l

Confira a galeria de imagens:

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