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Teste Rampage Rebel: Como anda a menor picape da RAM

Rampage tem motor potente, tecnologia e visual atraente para conquistar consumidores de picapes

Por Márcio Martins | 30/10/2024 06:25
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Rampage é primeira picape da RAM produzida no Brasil (Fotos Márcio Martins)

Testamos durante sete dias a Rampage Rebel 2.0 gasolina, que tem como grande destaque o motor com ótimos 272 cv. Mas será que somente cavalos de potência que o consumidor de picape procura?   Nesta matéria vamos mostrar quais os pontos positivos e também negativos dessa pequena RAM.

Já que começamos destacando potência, a picape Rampage traz embaixo do capô um moderno motor turbo Hurricane 4 que entrega 272 cv de potência e 400 Nm (40,8 kgfm) de torque gerados pelo propulsor 2 litros de quatro cilindros em linha a gasolina, o mesmo que equipa o Jeep Wrangler. O motor é todo feito de alumínio e conta com injeção direta e duplo comando variável de válvulas. E faz  0 a 100 km/h em 7,1 segundos e velocidade máxima de 210 km/h.

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A Rampage se comporta como carro de passeio e força do motor surpreende em baixas e altas rotações

Para deixar a condução ainda mais divertida tem um  botão Sport, que altera o visual do quadro de instrumentos digital e torna mais rápidas as respostas de acelerador e direção e programa as trocas de marchas em giros mais altos, fazendo qualquer motorista se empolgar achando que está andando de esportivo.

Para lidar com todo o poderio desse motor, o sistema de transmissão tem nove marchas, com seletor giratório e opção de trocas manuais através de aletas no volante. Por sua vez, a tração é sempre 4x4 automática, que distribui a força entre os dois eixos, com opção de reduzida por meio de um botão no console central.

A Rampage pode vir equipa com motor gasolina e diesel, a capacidade de carga é de 1.015 kg nas configurações a diesel e de 750 kg com o propulsor a gasolina, tem 980 litros de capacidade volumétrica.

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O principal ponto negativo é o espaço para os ocupantes do banco traseiro

Outro quesito que nos chamou muito atenção foi o seu interior, o capricho nos detalhes e a escolha dos materiais tem boa qualidade é um grande destaque, porém o espaço para quem vai atrás e apertado e com pouco conforto. O encosto traseiro é bem reto.

O ar-condicionado é digital de duas zonas, e ainda inclui saídas para os passageiros de trás, tem luz ambiente em LED e no sistema de som premium Harman Kardon®. Esse último conta com 10 falantes distribuídos na cabine, sendo um deles um subwoofer de 6” localizado abaixo do banco do passageiro, o sistema tem 360 watts de potência. Ambos os recursos fazem parte do único pacote opcional, Elite, que inclui ainda banco com ajustes elétricos de 12 vias para o passageiro – o do motorista sempre é elétrico de série.

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Central Multimídia tem 12,3”. Ar condicionado é digital, tem carregador por indução e seletor do câmbio giratório

Acima do painel de instrumentos tem revestimento em couro, assim como o painel de portas, o apoia braço central e o volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade. O revestimento do painel de instrumentos é revestido em couro preto na versão Rebel, couro marrom na Laramie e suede na R/T.

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Painel digital, mostra o leitor de faixa de trânsito, que faz a correção de trajetória.

Ao entrar na cabine, chama atenção os 22,6 polegadas de telas. São 10,3” do quadro de instrumentos full digital e 12,3” do monitor da central multimídia Uconnect. Além do tamanho e da definição da tela, o sistema se destaca pelo uso intuitivo e pela quantidade de recursos, como conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e possibilidade de parear dois smartphones ao mesmo tempo. No amplo console central, outro ponto alto é o RamCharger, carregador de celular por indução com saída de ar para resfriar o telefone. Falando em carregamento, 6 portas USB – sendo 3 do tipo C – estão espalhadas pela cabine, a maior quantidade entre as picapes compactas e médias oferecidas no mercado.

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A picape vem bem equipada quando o assunto é segurança: sete airbags (frontal, lateral dianteiro, de cortina (dianteiro e traseiro) e de joelhos para motorista), controle de estabilidade, mitigação de rolagem da carroceria, comutação automática do farol alto, monitoramento da pressão dos pneus e vários auxílios à condução. Entre eles estão o controle de velocidade adaptativo com Stop&Go, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e detecção de pedestres e ciclistas, monitoramento de pontos cegos, detecção de tráfego traseiro cruzado e alerta de saída de faixa com correção, isso mesmo a Rampage corrige a trajetória quando a pista tem boa sinalização.

AO VOLANTE

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Rampage sendo testada no trânsito intenso da cidade (Fotos Márcio Martins)

A bordo da Rampage o principal destaque é o motor que entrega bom desempenho em qualquer rotação, a picape é muito ágil, porém ela cobra caro ao abastecer, consegui média de 5,4 a 6,0 km/l de gasolina na cidade, em transito intenso, utilizando a picape no dia a dia, ir para o trabalho, levar filhos na escola e compromissos.  Temos as configurações Sport e Normal, mas faltou opção ECO para aqueles momentos que você quer andar mais tranquilo com a família e para economizar combustível.

Mas nada adianta toda essa potência se não tiver freios e estabilidade, e isso a Stellantis caprichou, a picape vem com com freio a disco ventilados nas quatro rodas – 305 mm de diâmetro na frente e 320 mm atrás. O freio de estacionamento é eletrônico e tem o recurso Auto Hold, isso facilita em trânsito pesado. Nos aclives, há ainda o Start Assist (para partida em rampa). Também de série em todas as versões há o recurso Hill Descent Control (HDC), para descidas íngremes no off-road.

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Para manobras na cidade a carroceria é bem alta dificultando a visão traseira, mas a câmera de ré da uma ajuda

Já o conforto para quem anda no banco traseiro é prejudicado, se for andar com três adultos grandes fica apertado, as janelas traseiras são pequenas, lembra muito a cabine da Toro no qual ela compartilha a plataforma.

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Testamos a Rampage na estrada de terra. Tração 4x4 é acionada por demanda. Apenas a reduzida tem opção com botão.

Tivemos a oportunidade de testar Rampage em estradas de chão em um pequeno percurso de 30 km, mas como já era esperado, ela passou pelos desafios com muita facilidade, a tração 4x4 sob demanda, e reduzida ajuda muito, sem aquele famoso “pula-pula” das picapes maiores, com peso ou sem peso, que resulta em ótimo conforto para passageiros.

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Conclusão

Para quem busca uma picape com porte menor, quer bastante tecnologia e potência, a Rampage atende perfeitamente, pois não é tão grande como as outras picapes da RAM, e nem trepida tanto como picapes maiores. Mas não é a melhor opção para aquele consumidor que foca mais em trabalho e precisa de muito espaço e carregar mais peso.  O interior é apertado, o consumo é alto. Mas o ponto positivo fica por conta do conjunto mecânico que faz qualquer motorista se sentir num esportivo, esquecendo até que está numa camionete. A estabilidade também é ponto alto dessa picape. O Design da camionete agrada a maioria e também a farta lista de itens de conforto e segurança dão ponto positivo na hora de fechar a compra.  Picape aprovada.

Márcio Martins - @marcioafmartins

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A Rampage é o primeiro veículo da Ram concebido e desenvolvido no Brasil, em parceria com times norte-americanos da marca, o projeto da Rampage foi realizado por mais de 800 engenheiros e técnicos no Brasil, superando 1,2 milhão de horas de desenvolvimento. O investimento na picape passou de R$ 1,3 bilhão, do total de R$ 16 bilhões que a Stellantis está alocando no país entre 2018 e 2025.

Texto e fotos: Márcio Martins 

@marcioafmartins

(ver os preços na concessionária)

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