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Cidades

Alvo da Lama Asfáltica, Baird volta à PF para depoimento de 1h sobre Vostok

O pecuarista Zelito Ribeiro também foi ouvido na tarde desta quarta-feira

Tainá Jara e Maressa Mendonça | 04/09/2019 16:58
Empresário teve o privilégio de entrar por estacionamento da PF, em carro de vidros escuros. (Foto: Kisie Ainoã)
Empresário teve o privilégio de entrar por estacionamento da PF, em carro de vidros escuros. (Foto: Kisie Ainoã)

O empresário João Baird e o pecuarista Zelito Ribeiro voltaram à Superintendência da Polícia Federal, na Vila Sobrinho, na tarde desta quarta-feira, para prestar depoimento no mutirão da Operação Vostok, responsável por investigar propinas pagas pelo grupo JBS para políticos em troca de incentivos fiscais.

Em setembro do ano passado, ambos chegaram a ser detidos pela polícia para esclarecimentos pela mesma investigação.

Baird chegou à sede da PF por volta das 14h40 de hoje. Falou com os policiais por cerca de 1h e foi embora em carro conduzido por motorista. Já o pecuarista Zelito Ribeiro chegou antes do empresário, no entanto, permaneceu por quase o dobro de tempo no local.

Ambos acessaram o local pela entrada lateral, na garagem da PF, privilégio concedido hoje aos investigados e negado ontem às testemunhas do processo.

Os depoimentos estavam marcados para às 15h. Conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, 15 pessoas foram ouvidas nesta quarta-feira. O mutirão começou ontem e terminou com o depoimento de Zelito.

Lama Asfáltica - Baird é proprietário de empresas do ramo da informática e também é investigado na Operação Lama Afáltica. Deflagrada em 2015 pela PF, a ação apura desvio de dinheiro público, superfaturamento de licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no Estado.

O empresário chegou a ser preso na 6º fase da operação, a Computadores de Lama, deflagrada em novembro do ano passado, com a intenção de apurar o uso de laranjas para encaminhar remessas ilegais de recursos ao exterior. Na ocasião, foram cumpridos quatro mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão, sendo um deles executado na casa de Baird, no Edifício Montersso, na Rua Antônio Maria Coelho, no Carandá Bosque.

Em abril deste ano, a 3ª Vara Federal de Campo Grande aceitou denúncia contra Baird em denúncia decorrente da Lama Asfáltica. Em maio, ele tonou-se réu acusado de evasão de divisas por ter escondido milhões no Paraguai.

Dois meses antes da prisão, o destino de Baird tinha se cruzado com o de Zelito na própria Volstok. O pecuarista foi apontado como parte do esquema de pagamentos por meio de notas frias destinadas ao atual governador. Na época, a defesa dele negou envolvimento com esquema de lavagem de dinheiro e que qualquer repasse feito tenha partido de sua conta.

Mutirão - A Polícia Federal começou ontem força-tarefa para acelerar as oitivas da Vostok. Ao todo, 110 pessoas serão ouvidas em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Ceará.
A maior parte dos depoimentos, cerca de 80, foram coletados nesta terça-feira, apenas de testemunhas.

João Baird deixou sede da Polícia Federal depois de uma hora de depoimento sobre propinas. (Foto: Kisie Ainoã)
João Baird deixou sede da Polícia Federal depois de uma hora de depoimento sobre propinas. (Foto: Kisie Ainoã)
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