Apenas 13% das abstenções de votos foram justificadas no 1° turno da Capital
Dados detalhados do 2° turno ainda não foram divulgados pelo TSE, mas abstenção foi 12% maior que no 1°
A diferença de 12,5 mil votos entre as candidatas que concorreram ao cargo de prefeita de Campo Grande, neste domingo (27), associado à quantidade de votos nulos e em branco, chamou a atenção para o comportament do eleitor neste ano. O número previsto de abstenção aumentou 12% de um turno para outro das eleições, que é mais da metade dos votos recebidos pela eleita.
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O baixo comparecimento às urnas no segundo turno das eleições para prefeito de Campo Grande, com 12% a mais de abstenção em relação ao primeiro turno, chamou atenção. O número de votos nulos e brancos também foi significativo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretende investigar as causas da abstenção, buscando reduzir esse índice nas próximas eleições. A pesquisa irá analisar dados de cada localidade e considerar fatores como condições climáticas e outros problemas que podem ter impactado o comparecimento dos eleitores.
De acordo com o painel de estatísticas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 164.799 eleitores aptos da Capital não compareceram às urnas no dia 6 de outubro. Desses, apenas 21,7 mil justificaram a ausência.
O painel mostra, ainda, que a maioria das pessoas que dedicaram um tempo para fazer a justificativa pelo aplicativo e-Título têm de 25 a 59 anos, sendo que 35% possuem ensino superior completo e 53% são brancas.
Já no segundo turno, onde os campo-grandenses tinham que escolher entre Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil), é possível calcular que as abstenções são 12% maiores. Dos 646.198 aptos a votar, 164,7 mil não foram às sessões nem para “apertar” os botões de nulo ou branco.
Nesse turno, Adriane foi eleita com 222.699 votos, enquanto Rose recebeu 210.112. Os votos em braco foram 11.704 e os nulos totalizaram 16.871.
Fenômeno identificado - A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, adiantou que a Justiça Eleitoral fará uma pesquisa para descobrir as causas das abstenções e tentar reduzir o não comparecimento nas próximas eleições, em 2026. No país, as ausências subiram de 21,68% no primeiro turno para 29,26% no segundo.
“Há um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que apurar em cada local e trabalhar com os dados”, afirmou Cármen Lúcia em entrevista coletiva para fazer o balanço do segundo turno das eleições municipais deste ano.
Ela completou dizendo que o TSE fará uma pesquisa com os Tribunais Regionais Eleitorais para identificar os principais entraves ao comparecimento de eleitores em cada localidade.
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