Apesar de supermercados racionarem, produtores garantem que não vai faltar arroz
MP autoriza a Conab a importar até 1 milhão de tonela de arroz para evitar eventual falta nos mercados
Apesar da limitação de compra de saco de arroz nos supermercados de Campo Grande desde ontem (9), a Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) e ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) garantem que não há risco de desabastecimento do grão no Brasil.
O Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção nacional, mas a Federarroz aponta que 83% da safra já foi colhida. A entidade ainda afirma que o produto colhido apresenta “boa qualidade e produtividade, o que garante o abastecimento dos brasileiros”.
“Embora tenhamos este grande problema com relação à colheita do que falta, nós temos plenas condições de afirmar que nós não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno”, disse o presidente da entidade, Alexandre Velho.
Segundo ele, há um “problema momentâneo de logística”, principalmente na ligação com o interior do estado, mas a ligação com os grandes centros, por meio da BR-101, está normal.
Já a ABRAS informou estar normalizado o abastecimento no varejo. A entidade recomenda, aos consumidores, que não façam estoques em casa para que todos tenham acesso contínuo ao produto.
Em nota, a AMAS (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados) reforça que não há risco de desabastecimento de produtos vindos do Rio Grande do Sul, entre eles o arroz.
A entidade sul-mato-grossense explica que para não deixar faltar produtos até a reposição, os principais atacadistas não estão vendendo em grandes volumes para os comerciantes. E, pontualmente, alguns estabelecimentos menores podem estar limitando a venda ao consumidor, como forma de precaução para que o produto não falte.
Importação - Nesta sexta-feira (10), o Governo Federal publicou, no Diário Oficial da União, medida provisória que autoriza a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz beneficiado ou em casca, por meio de leilões públicos, para recompor os estoques públicos. O objetivo é evitar eventual falta nos mercados diante do aumento da procura pelo produto, por consumidores preocupados em estocar arroz.
De acordo com o MP, os estoques terão, como destino preferencial, pequenos varejistas das regiões metropolitanas, “dispensada a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta”. A expectativa é de que, na primeira etapa, sejam compradas 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia.
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