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Cidades

Cada vez mais independentes, quase 20% das pessoas moram sozinhas em MS

Proporção de lares com um só morador subiu de 14,2% em 2012 para 18,3% em 2024

Por Jhefferson Gamarra | 22/08/2025 13:18
Cada vez mais independentes, quase 20% das pessoas moram sozinhas em MS
Pessoa que mora sozinha enfrentando a pia cheia de louça (Foto: Osmar Veiga)

A vida solo está em expansão em Mato Grosso do Sul. Dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que a proporção de domicílios compostos por apenas uma pessoa cresceu 28,9% entre 2012 e 2024. Hoje, 18,3% das residências no estado são unipessoais, contra 14,2% há 12 anos.

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Mato Grosso do Sul registra aumento de lares unipessoais. Pesquisa do IBGE revela que 18,3% das residências no estado são habitadas por uma única pessoa, um aumento de 28,9% em 12 anos. Homens entre 30 e 59 anos representam o maior grupo (32,08%), seguidos por mulheres com 60 anos ou mais (21,4%). Embora o modelo nuclear (casais com ou sem filhos ou famílias monoparentais) ainda prevaleça (66,5%), houve queda em relação a 2012. A participação feminina em lares unipessoais também cresceu, atingindo 42,8% em 2024. Apesar do aumento, MS ocupa a 10ª posição nacional em domicílios unipessoais, atrás de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Domicílios unipessoais são aqueles em que só existe um morador, sem divisão da casa com familiares ou outras pessoas. Já o modelo mais comum no estado ainda é o chamado nuclear, formado por um núcleo familiar direto, ou seja, casal com ou sem filhos, ou famílias monoparentais (quando apenas pai ou mãe vive com os filhos). Esse formato correspondeu a 66,5% das unidades domésticas em 2024, mas caiu em relação a 2012, quando era 69%.

Há também outros formatos em menor número. As chamadas unidades estendidas, em que a pessoa responsável divide o lar com parentes que não se encaixam no modelo nuclear, representaram 14,2% das residências em 2024, recuo de 1,3 ponto percentual em 12 anos. Já os arranjos compostos, que incluem pessoas sem parentesco (como agregados, pensionistas ou empregados domésticos), são os menos comuns, respondendo por apenas 1% do total.

A pesquisa também detalhou quem são os sul-mato-grossenses que vivem sozinhos. O grupo mais numeroso é o de homens entre 30 e 59 anos, que representam 32,08% desse universo. Em seguida vêm as mulheres com 60 anos ou mais, responsáveis por 21,4% das moradias unipessoais.

Entre os homens, mais da metade (56,1%) está na faixa de 30 a 59 anos, enquanto 28,8% são idosos e 15,1% têm menos de 30. Já entre as mulheres, a maioria é idosa: 50,8% têm 60 anos ou mais, 38,7% estão entre 30 e 59 anos e apenas 10,5% têm menos de 30 anos.

Outro dado relevante é o aumento da presença feminina nos lares unipessoais. Quando a a pesquisa começou a medir esse aspecto, em 2016, apenas 39,7% das pessoas que viviam sozinhas eram mulheres. O percentual chegou a 42,8% em 2024, um avanço de mais de 3 pontos percentuais em oito anos.

Apesar do crescimento expressivo, Mato Grosso do Sul não está entre os estados com maior proporção de domicílios unipessoais. O Rio de Janeiro lidera, com 22,6%, seguido do Rio Grande do Sul, com 20,9%. No outro extremo aparecem Maranhão (13,5%) e Amapá (13,6%). O MS ocupa a 10ª posição nesse ranking.