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Cidades

Chikungunya bate novo recorde de casos em MS e será desafio para 2025

MS registrou 2.766 casos prováveis de chikungunya em 2024, que superou os 2.711 casos de 2023

Por Lucas Mamédio | 10/01/2025 15:09
Chikungunya bate novo recorde de casos em MS e será desafio para 2025
Lixo e pote com água parada em rua de Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9), demonstrou preocupação com a ascensão dos casos de chikungunya em alguns estados do Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul. Apesar da preocupação, o último Boletim Epidemiológico de 2024, atualizado até a Semana Epidemiológica 52, revelou que nas três últimas semanas do ano não houve casos confirmados da doença no estado.

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A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde expressou preocupação com o aumento dos casos de chikungunya no Brasil, especialmente em Mato Grosso do Sul, onde em 2024 foram registrados 2.766 casos prováveis, um aumento histórico em relação aos anos anteriores. Apesar do crescimento, não houve óbitos confirmados, mas a incidência foi de 100,3 casos por 100 mil habitantes. A Secretaria Estadual de Saúde destacou a importância de medidas preventivas contra o mosquito Aedes aegypti, como a eliminação de água parada e o uso de repelentes. Além disso, o estado também enfrenta um surto de dengue, com 19.473 casos prováveis e 32 óbitos confirmados em 2024.

Porém, o balanço anual completo mostrou um cenário preocupante. Mato Grosso do Sul registrou 2.766 casos prováveis de chikungunya em 2024, um recorde histórico que superou os 2.711 casos de 2023. Antes disso, nenhum ano havia ultrapassado os 600 casos prováveis: 2022 teve 596 casos, enquanto os números foram ainda menores em anos anteriores, como 2021 (173), 2020 (193) e 2019 (173). A comparação entre 2022 e 2024 mostra um aumento impressionante de 364% nos casos prováveis em apenas dois anos, evidenciando a gravidade da situação.

O pico da transmissão ocorreu no primeiro semestre de 2024, que concentrou a grande maioria dos casos. O boletim também destacou que 919 casos foram confirmados ao longo do ano. Apesar do aumento expressivo, não houve óbitos confirmados relacionados à doença, embora casos em gestantes tenham sido registrados, mas sem detalhamento numérico.

A incidência geral no estado foi de 100,3 casos por 100 mil habitantes, com destaque para municípios de alta incidência, como Jaraguari, com 2.857,5 casos por 100 mil habitantes; Iguatemi, com 2.776,2 casos por 100 mil habitantes; e Mundo Novo, com 1.719,4 casos por 100 mil habitantes.

Chikungunya bate novo recorde de casos em MS e será desafio para 2025
Gráfico do boletim que mostra a evolução de casos prováveis na série histórica (Foto: Reprodução)

Prevenção - A Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância de medidas preventivas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, dengue e zika. A principal forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, eliminando recipientes que possam acumular água parada, como pneus, vasos de plantas, garrafas e caixas d’água mal tampadas.

O uso de repelentes, especialmente em áreas endêmicas, e de roupas de manga longa e calças pode ajudar a proteger contra a picada do mosquito. Também é recomendado instalar telas em portas e janelas e manter os espaços bem ventilados. Ao apresentar sintomas como febre alta, dores articulares intensas, dor de cabeça, cansaço e erupções cutâneas, é essencial buscar atendimento médico. A confirmação do diagnóstico pode ser feita por exames laboratoriais.

Dengue - Mato Grosso do Sul também enfrenta desafios com a dengue, que já registrou 19.473 casos prováveis, sendo 16.229 casos confirmados, em 2024. Estes dados foram apresentados no boletim referente à 52ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) em 3 de janeiro. Segundo o documento, 32 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

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