Condenado por tráfico em MS, “Mijão” do PCC é alvo de operação em SP
Sérgio Luiz de Freitas Filho é apontado como dono de carga de cocaína apreendida em 2013 em Ivinhema

Condenado por tráfico em Mato Grosso do Sul, Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão” ou “Xixi”, é um dos principais alvos de operação que cumpriu mandados em endereços de luxo nesta quinta-feira (30) em Campinas, no interior de São Paulo. O traficante, considerado pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) um dos mais fortes nomes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em atividade fora das prisões, está entre os criminosos mais procurados do país, já esteve na mira do DEA (Drug Enforcement Administration) – a agência antidrogas dos EUA (Estados Unidos da América) –, e da Interpol (Polícia Internacional).
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como "Mijão", é um traficante condenado por tráfico em Mato Grosso do Sul e um dos principais alvos de uma operação policial em São Paulo. A operação, realizada pelo Gaeco-SP, resultou na prisão de nove pessoas e no cumprimento de mandados de busca em endereços de luxo, incluindo condomínios de alto padrão. "Mijão" é considerado um dos líderes do PCC fora das prisões e está sob investigação por movimentar grandes quantias de dinheiro provenientes do tráfico e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado a mais de oito anos de prisão, mas recorre em liberdade. Recentemente, contratou um novo advogado, o ex-ministro do STJ Nefi Cordeiro, para sua defesa.
Nesta quinta-feira, a “Off White”, força-tarefa desencadeada pelo Gaeco-SP (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com apoio do 1º BAEP (Batalhão de Ações Especiais), foi às ruas de Campinas, Mogi Guaçu e Artur Nogueira, todas cidades no estado de São Paulo, para prender nove pessoas ligadas a esquema de lavagem de dinheiro do tráfico. Na mira, além de “Mijão”, há empresários, agiotas e influenciadores digitais.
- Leia Também
- Major boliviano é preso, suspeito de proteger substituto de Marcola no PCC
- “Mijão” vive foragido na Bolívia, esconderijo preferido de chefes do PCC
O filho de Sérgio Luiz de Freitas foi preso e, além dos mandados de prisão, foram emitidas 11 ordens de busca e apreensão. A Justiça também determinou outras medidas, incluindo o bloqueio de 12 imóveis de luxo e de valores em contas bancárias.
Algumas das buscas aconteceram em condomínios de alto padrão em Campinas, como o Alphaville.

No início de setembro deste ano, reportagem do Fantástico revelou que “Mijão” é apontado como comandante de núcleo do PCC que movimenta cifras bilionárias com o tráfico de entorpecentes e lavagem de dinheiro em negócios aparentemente legais.
Ele também seria responsável por plano para matar o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco-SP. O homem estaria vivendo na Bolívia, onde leva rotina luxuosa e controla o envio de entorpecentes, principalmente a pasta-base de cocaína, para o Brasil.

Condenação em MS – Em Mato Grosso do Sul, “Mijão” foi condenado por tráfico interestadual de drogas. Ele é o responsável, conforme a acusação apresentada por promotores do Ministério Público Federal de Limeira (SP), pelo transporte de 58 quilos de cocaína apreendida, em 4 de novembro de 2013, pela PMR (Polícia Militar Rodoviária) em Amandina, distrito de Ivinhema (MS).
A droga era transportada em um Hyundai Veracruz e iria abastecer os pontos de vendas de drogas do PCC em São Paulo, conforme a acusação. Sérgio Luiz de Freitas foi identificado como o dono da carga por interceptações telefônicas.
Em abril de 2023, ele foi condenado pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches, da 1ª Vara de Ivinhema, a 8 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado, mas “ganhou” o direito de recorrer em liberdade. Já no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a defesa do traficante tentou anular a sentença, mas por decisão da desembargadora Elizabete Anache, no dia 11 de abril do ano passado, a pena foi mantida.
Ao longo do processo que tramita em MS, “Mijão” trocou de advogado. Embora seja procurado dentro e fora do país, em setembro deste ano, contratou o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Nefi Cordeiro, para defendê-lo. O condenado tinha antes como defensor Gustavo Henrique Righi Ivahy Badaró, outro criminalista renomado.
Ambos já atuam nas defesas de nomes conhecidos por aqui. Nefi é advogado de Jamil Name Filho, acusado de chefiar milícia armada que deixou rastro de morte em Campo Grande, enquanto Badaró trabalhou, por exemplo, para Fahd Jamil, o “Fuad”, que foi alvo da maior operação que o Estado já viu, a Omertà.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.
 



 
 
 
 
 
