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Cidades

Conta de luz deve subir 7% com pressão de fundo que financia setor

Projeção supera inflação e reflete aumento das despesas da CDE, que banca políticas da área

Por Gustavo Bonotto | 05/12/2025 21:30
Conta de luz deve subir 7% com pressão de fundo que financia setor
Torres de distribuição da energia elétrica. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta sexta-feira (5) que a conta de luz deve fechar 2025 com reajuste médio de 7%, índice maior do que o previsto antes e impulsionado pelo aumento das despesas da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), fundo que sustenta políticas públicas do setor, conforme boletim InfoTarifa divulgado em Brasília (DF).

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A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) projeta um reajuste médio de 7% nas contas de luz para 2025, superando a estimativa anterior de 3,4%. O aumento é impulsionado principalmente pelo crescimento das despesas da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), cujo orçamento atingiu R$ 49,2 bilhões este ano.Para 2026, a agência prevê que o orçamento da CDE possa chegar a R$ 52,7 bilhões, devido à expansão da micro e minigeração distribuída. O fundo financia programas como tarifa social, Luz para Todos e subsídios para fontes renováveis, sendo custeado pelos consumidores através das contas de energia.

A projeção considera o orçamento aprovado para o fundo, que chegou a R$ 49,2 bilhões neste ano, valor que pressionou as tarifas em todas as regiões do país. O cálculo substitui a estimativa de março, que previa alta média de 3,4%, e atualiza o impacto das políticas e subsídios em vigor.

A agência explicou que o aumento decorre de fatores como encargos setoriais e custos de compra de energia, que cresceram ao longo do ano e mudaram o cenário previsto no início de 2025. A CDE financia ações como tarifa social, expansão do Programa Luz para Todos e geração em áreas isoladas, além de subsídios para fontes renováveis e compensações a consumidores que produzem a própria energia. O fundo recebe recursos das contas pagas por todos os usuários, além de multas e aportes do Tesouro Nacional, e tem peso direto no valor final das tarifas.

Para 2026, a Aneel avalia que o orçamento da CDE pode alcançar R$ 52,7 bilhões, impulsionado principalmente pela expansão da micro e minigeração distribuída, que tende a elevar o volume de compensações.

O valor ainda passará por consulta pública, mas já indica impacto relevante para o próximo ciclo tarifário. A previsão também considera o aumento dos descontos concedidos a fontes incentivadas, que seguem como parte da política de estímulo à diversificação da matriz elétrica.

O relatório aponta que as diferenças entre a projeção inicial e a atual resultam do avanço de despesas que não estavam confirmadas até março, como ajustes de contratos e custos associados à operação do sistema elétrico.

Em nota à imprensa, a Aneel afirma que o objetivo do InfoTarifa é oferecer mais transparência sobre os fatores que influenciam o preço final da energia. A agência reforça, ainda, a importância do uso consciente da eletricidade para reduzir desperdícios e atenuar os impactos das tarifas no orçamento das famílias.

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