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Cidades

Em Mato Grosso do Sul, o remédio é o planejamento, afirma Reinaldo Azambuja

Adriano Fernandes | 12/05/2020 20:39
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB)durante coletiva de imprensa. (Foto: Marcos Maluf)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB)durante coletiva de imprensa. (Foto: Marcos Maluf)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) creditou ao planejamento o número reduzido de casos (405 confirmados, com 12 mortes) do coronavírus em Mato Grosso do Sul. Lembrou que   em janeiro instalou o centro de operações especiais, dividindo responsabilidades e determinou ações “importantes”, como a suspensão de aulas, o home office – trabalho em casa – e 70 aplicativos para evitar que as pessoas tivessem que se deslocar até as repartições publicas. Na entrevista, ele diz que o diálogo com prefeitos e lideranças municipais permitir coordenar as ações no combate ao vírus.

Especificamente no setor hospitalar, o governador informa que ampliou em 43% o número de leitos em UTIs. Em Mato Grosso do Sul eram 502 leitos e hoje tem mais 214, destinados exclusivamente para atender pessoas com a doença. Essa organização, segundo Reinaldo, “freou a contaminação de muitas pessoas ao mesmo tempo, o que tem acontecido em muitos lugares do País, e, no Estado, evitou o colapso no sistema público de saúde”.

A coordenação unificada e antecipação de ações, logo no início, afirma o governador, foram substancias para adotar medidas como a paralisação de aulas, os decretos municipais de isolamento, o toque de recolher em algumas cidades, como a capital Campo Grande, onde a pressão contra era maior.

A soma resultou, afirma Reinaldo, num número menor de contaminados. O Estado é onde o Brasil tem menos pessoas com a Covid-19. Uma vantagem, vista pelo governador, é a extensão territorial de Mato Grosso do Sul. “Muito espaço entre uma cidade e outra, o que evitou a contaminação em massa”.

O governador disse que nos últimos dias o relaxamento do isolamento voltou a preocupar. “Tivemos 65% da população em casa e abaixamos esse percentual para 38%, o que nos levou a adotar algumas medidas e apoio as comunidades mais vulnerais. Distribuição de cestas de alimentos, isenção de tarifas de águas e energia elétrica”, lembra.

Reinaldo Azambuja disse que o diálogo com o setor produtivo permitiu ao mesmo tempo não fechar as indústrias, mas criar mecanismo de segurança para manter as atividades em funcionamento e garantir segurança para os trabalhadores e clientes. O governador disse que a soma dessas medidas criaram condições para o Estado ter hoje uma estrutura hospitalar para eventualmente enfrentar uma situação mais grave da pandemia. Ele insiste: “o planejamento tem sido o remédio”.

Hospital de campanha

Dos 214 leitos de UTIs em Mato Grosso do Sul, destinado ao coronavirus, apenas 4 estão ocupados. O Hospital Regional Maria Aparecida Pedrossian virou referência para o combate a doença e, segundo o governador, a estrutura do hospital de campanha, instalado no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, será ativada se a ocupação hospitalar eventualmente atingir 70% dos leitos.

A prioridade momentânea, afirma o governador, é preservar vida. Após a pandemia, acrescenta, o planejamento deve considerar exemplos deste período, lembrando que os equipamentos utilizados nos hospitais são importados, “quase 90% do que o Brasil usa vem de outros países, principalmente da China”.

O exemplo de Mato Grosso do Sul, que nos últimos anos vem investindo na reestruturação do setor de saúde, segundo ele, serve para o Brasil. “O momento é foco total no trabalho para evitar o maior número possível de contaminados e principalmente perdas de vidas”.   Reinaldo esta certo que o pós pandemia será o momento para repensar várias coisas, principalmente a dependência de outros países

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