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Cidades

Em seis meses, Caravana da Saúde atendeu 70 mil pessoas

Em média, 388 pacientes foram atendidos por dia

Izabela Cavalcanti | 28/11/2022 07:28
Paciente realizando cirurgia de catarata, pela Caravana da Saúde (Foto: Bruno Rezende)
Paciente realizando cirurgia de catarata, pela Caravana da Saúde (Foto: Bruno Rezende)

A Caravana da Saúde, executada por meio dos projetos "Opera MS" e "Examina MS", atendeu 70 mil pessoas de Mato Grosso do Sul, no período de seis meses. Em média, 388 pacientes foram atendidos por dia.

“Nós superamos verdadeiros índices anuais em apenas seis meses de execução do programa. Foi um sucesso esta iniciativa implantada pelo governador Reinaldo Azambuja. Nós conseguimos reduzir as filas de espera em diversos municípios de nosso Estado”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Flávio Britto.

Dos 79 municípios no Estado, 30 fizeram a adesão aos projetos. “Ao todo, 30 municípios fizeram adesão aos projetos somados aos 39 estabelecimentos de saúde composto por hospitais públicos, contratualizados e privados, além das clínicas particulares. Juntos, todos realizaram 76.300 procedimentos dos quais 66.173 foram exames diagnósticos e 10.127 foram cirurgias eletivas”, completa.

As cidades com as maiores produções em procedimentos foram: Campo Grande, Fátima do Sul, Santa Rita do Pardo, Anastácio, Cassilândia, Ivinhema e Camapuã.

Ainda de acordo com Britto, nesta temporada foram oferecidos mais de 90 tipos de procedimentos, sendo que alguns nunca foram realizados em edições anteriores. O programa foi prorrogado até 30 de novembro, para que as cirurgias e exames fossem realizados.

A possibilidade de conseguir fazer uma cirurgia significa um recomeço para o mecânico Maurício Bezerra da Rocha, de 60 anos. Ele foi um dos 150 pacientes que passaram por uma cirurgia de catarata no Hospital Elmíria Silvério Barbosa, em Sidrolândia, que abrigou diversos pacientes de outros municípios do Estado.

Maurício conseguiu fazer cirurgia no Hospital Elmíria Silvério Barbosa, em Sidrolândia (Foto: Bruno Rezende)
Maurício conseguiu fazer cirurgia no Hospital Elmíria Silvério Barbosa, em Sidrolândia (Foto: Bruno Rezende)

No caso de Maurício, a catarata já o impossibilitava de trabalhar. “Tenho uma oficina mecânica, não estava mais enxergando e não conseguia trabalhar. Por não enxergar bem, acabei perdendo a minha carteira de motorista. Então, dei entrada pelo SUS lá em Dourados e consegui fazer a cirurgia que precisava aqui em Sidrolândia”, comemora.

Exames e cirurgias - De acordo com a médica Marielle Alves Correa Esgalha, coordenadora de Projetos Estratégicos da SES e responsável pela Caravana da Saúde, em seis meses foram realizados 8,8 mil cirurgias, ultrapassando a média anual.

“Isto é emocionante. Mostra que este programa é um sucesso e cumpriu com a sua missão atendendo a quem mais precisava de uma cirurgia eletiva ou exame diagnóstico. Por exemplo, somente no ‘Opera MS’, nós superamos em seis meses o equivalente à produção de um ano. Enquanto a média anual de produção é de 7,7 mil cirurgias ao ano, nós já realizamos 8,8 mil cirurgias em seis meses”, destaca.

Em relação ao programa “Examina MS”, a médica destaca sobre os exames de alto custo executados. “Nós realizamos 66 mil exames diagnóstico de alto custo no período de seis meses. Quando olhamos a produção anual que é de 150 mil exames/ano, grande parte destes procedimentos é composto de exames de baixo custo, como um ultrassom, por exemplo. Agora, os que foram realizados pelo ‘Examina MS’ percebemos que foram executados exames de alta complexidade como ressonância e tomografia, sendo estes de alto custo para a população”.

A Caravana da Saúde ainda oportunizou que os hospitais que aderiram ao programa, sendo eles públicos, privados ou contratualizados, além das clínicas particulares participantes, a promoção de economicidade de equipes médicas ofertando a população vagas em horários diferenciados. Permitiu ainda que as tabelas do programa fossem iguais as praticadas no mercado sendo ofertada a paridade de preços tanto nos serviços públicos quanto no privado.

Para a presidente do Cosems/MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) e Secretária Municipal de Saúde de Santa Rita do Pardo, Maria Angélica Benetasso, a Caravana da Saúde foi importante para todos os municípios.

“Houve uma significativa redução das filas de espera para exames e cirurgias, que ficaram represados devido à pandemia, tanto de cirurgias ortopédicas, oftalmológicas e as mais diversas especialidades, alguns praticamente zeraram as filas. Com o apoio do Governo do Estado está sendo efetivado a regionalização da saúde, beneficiando todos os municípios e atendendo a quem mais precisa”, conclui.

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