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Cidades

Estudante de Medicina que atropelou e matou corredora vai a júri em setembro

João Vítor Vilela, que dirigia embriagado, será julgado por homicídio doloso e tentativa de homicídio

Por Jhefferson Gamarra | 11/07/2025 17:24
Estudante de Medicina que atropelou e matou corredora vai a júri em setembro
João Vítor Fonseca Vilela, de 22 anos, durante audiência de instrução e julgamento na Capital (Foto: Osmar Veiga)

O estudante de medicina João Vítor Fonseca Vilela, de 22 anos, irá a júri popular no próximo dia 10 de setembro de 2025, em Campo Grande, por atropelar duas corredoras, matando uma delas, enquanto dirigia sob efeito de álcool em alta velocidade e em zigue-zague pela rodovia MS-010, em Campo Grande. O caso aconteceu na manhã de 15 de fevereiro deste ano.

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Estudante de medicina vai a júri popular por atropelar e matar corredora em MS. João Vítor Fonseca Vilela, de 22 anos, responderá pela morte de Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos, e pela tentativa de homicídio de Luciana Timóteo da Silva Ferraz, de 43 anos. O crime ocorreu em fevereiro, na rodovia MS-010, em Campo Grande. Vilela dirigia embriagado, em alta velocidade e ziguezagueando, quando atingiu as corredoras. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas confessou ter ingerido cerveja. O julgamento está marcado para 10 de setembro.

A vítima fatal foi a atleta Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos. Ela participava de um treino em grupo quando foi atingida pelo Fiat Pulse conduzido por João Vítor. Outra corredora, Luciana Timóteo da Silva Ferraz, de 43 anos, também foi atropelada, mas sobreviveu graças a um impacto menos direto e ao socorro rápido prestado no local.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o estudante apresentava sinais claros de embriaguez: odor de álcool, olhos vermelhos, fala alterada, sonolência e desequilíbrio. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas confessou ter ingerido aproximadamente seis cervejas horas antes do acidente, após passar a madrugada em uma boate e na casa de amigos. Latas e garrafas de bebida foram encontradas no veículo, além de uma pulseira de acesso à casa noturna.

A investigação revelou que João Vítor trafegava em velocidade incompatível com as condições da via e ignorou a presença visível de corredores, o grupo era formado por cerca de 20 atletas, acompanhados por três veículos de apoio, distribuídos ao longo de um percurso de 2 a 3 km. O impacto da colisão foi tão forte que a frente do carro ficou destruída, e o estudante só conseguiu parar o veículo cerca de 70 metros após o atropelamento.

O Ministério Público sustenta que João Vítor agiu com dolo eventual, ou seja, assumiu o risco de matar ao dirigir embriagado e o denunciou por homicídio simples consumado e tentativa de homicídio. A Justiça acatou a tese e determinou o julgamento pelo Tribunal do Júri, rejeitando o pedido da defesa para que o caso fosse julgado como homicídio culposo (sem intenção de matar).

Preso em flagrante no dia do crime, o estudante teve a prisão preventiva decretada, mas posteriormente foi libertado por habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, responsável pela decisão de pronúncia, destacou que a conduta do réu “desbordou para o campo da anormalidade” e que ele “aceitou, ainda que levianamente, a possibilidade de matar alguém no trânsito”. O magistrado também lembrou que o caso gerou grande repercussão social, com manifestações públicas de indignação por parte de atletas e da comunidade.

O julgamento está marcado para o dia 10 de setembro, às 8h, no plenário do Tribunal do Júri da Capital.

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