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Cidades

Governo brasileiro negocia escolta de Israel para resgatar representantes de MS

Primeiro grupo de brasileiros já chegou à Jordânia, mas 3 sul-mato-grossenses seguem em Tel Aviv

Por Ângela Kempfer | 16/06/2025 13:27
Governo brasileiro negocia escolta de Israel para resgatar representantes de MS
Ricardo Senna, Christinne Maymone e Marcos Espíndola formam a comitiva de MS que está reclusa em Israel (Fotos da montagem: Divulgação/Governo de MS)

Enquanto parte da delegação de autoridades municipais brasileiras conseguiu atravessar a fronteira e chegar à Jordânia nesta segunda-feira (17), outra comitiva permanece retida em Israel, aguardando uma escolta oficial israelense para deixar o país. Entre os brasileiros impedidos de seguir viagem estão três representantes de Mato Grosso do Sul: o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Senna; a secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone; e o coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde, Marcos Espíndola.

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Três representantes do governo de Mato Grosso do Sul permanecem retidos em Israel, aguardando escolta oficial para deixar o país em meio ao agravamento do conflito com o Irã. O grupo, composto pelo secretário Ricardo Senna, a secretária Christinne Maymone e o coordenador Marcos Espíndola, está hospedado em hotel equipado com bunker em Tel Aviv. O Itamaraty negocia com autoridades israelenses a retirada segura da delegação, que deve seguir pela fronteira com a Jordânia. A comitiva estava em missão institucional do Consórcio Brasil Central quando o conflito se intensificou, transformando a viagem em operação de evacuação.

A permanência do grupo em Tel Aviv ocorre em meio ao agravamento do conflito entre Israel e Irã, que impôs severas restrições a deslocamentos aéreos e terrestres. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro está em tratativas com autoridades israelenses para garantir a retirada segura da delegação. A expectativa é que a saída aconteça por via terrestre até a Jordânia, mesma rota utilizada por outro grupo de autoridades que já conseguiu deixar o território israelense.

A travessia desse primeiro grupo, formado por 12 autoridades municipais brasileiras, foi resultado de articulações diplomáticas entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi, ao longo do fim de semana. Foram priorizados prefeitos, por conta dos deveres no Brasil.

A viagem foi feita de ônibus, e os integrantes da comitiva foram recebidos por representantes da Embaixada do Brasil em Amã. Segundo o Itamaraty, de lá, seguirão até a Arábia Saudita, onde embarcarão em um avião particular fretado pelo próprio grupo. O sobrevoo e pouso no território saudita foram autorizados após negociação diplomática.

Já os três representantes do governo de Mato Grosso do Sul seguem hospedados em um hotel em Tel Aviv, equipado com bunker e sistema de alarme, segundo nota oficial divulgada pelo governo estadual. A orientação é que o deslocamento só ocorra se houver condições plenas de segurança.

Os três integram a comitiva do Consórcio Brasil Central, que viajou ao Oriente Médio em missão institucional voltada ao intercâmbio de experiências nas áreas de inovação, saúde e tecnologia. Com a escalada do conflito, no entanto, a missão se transformou em uma operação diplomática de evacuação.

O Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv e o escritório consular em Amã seguem mobilizados para garantir o retorno de todos os brasileiros. Se confirmada a liberação por parte de Israel, o caminho mais provável deve ser novamente a fronteira com a Jordânia, considerada neste momento a rota mais segura.

O secretário-executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, informou nesta tarde que o grupo está bem e em segurança. "Agora são 20h32 aqui. Os alertas de ataque e os ataques se concentram durante a noite e madrugada. Estamos avaliando saída por terra via Jordânia. Estamos avaliando os riscos. Qualquer decisão terá que ter o máximo de segurança", disse afirmando que estão recebendo todo o apoio do Governo de Israel, da Embaixada brasileira em Israel, do Consórcio Brasil Central e do Governo de Mato Grosso do Sul.

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