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Cidades

Governo quer aval da Anvisa para comprar cerca de 2 milhões de vacinas russas

Aquisição seria feita por meio de consórcio com outros estados, que almejam, ao todo, 30 milhões de doses

Guilherme Correia | 14/04/2021 12:05
Profissional de saúde aplica dose de vacina contra a covid-19 (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Profissional de saúde aplica dose de vacina contra a covid-19 (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Durante transmissão na manhã desta quarta-feira (14), o titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Geraldo Resende, disse que o governo de Mato Grosso do Sul, junto a outras seis unidades da federação, aguardam aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comprarem doses da vacina Sputnik-V.

Segundo ele, o Estado pretende adquirir de um a dois milhões de doses nesse processo. "Fizemos carta de intenções, já assinadas, para aquisição de um a dois milhões de vacinas [Sputnik]. Tão logo a Anvisa possa liberar o uso dessa vacina aqui no Brasil, além de outras tratativas com o Consórcio para podermos avançar na imunização da nossa população aqui do Mato Grosso do Sul".

No País, o BrC (Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central), formado pelo Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins, pretende comprar até 30 milhões de imunizantes.

Resende conta que visitou o Laboratório da União Química em Santa Maria (DF), que deverá passar a fabricar o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) - princípio ativo da vacina de origem russa. "É um grande laboratório que fabrica vários medicamentos. Ficamos muito felizes à boa recepção, inclusive com o diretor-presidente, que fez as honras da nossa visita e mostrou funcionamento do laboratório".

A Anvisa tem até o fim de abril para decidir sobre a importação excepcional e temporária de doses dessa vacina.

Reunião com governo federal - Em visita a Brasília (DF), o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), junto ao secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, encontraram-se com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e solicitaram mais vacinas a municípios fronteiriços de Mato Grosso do Sul.

Além disso, a "falta de medicamentos do kit intubação" foi tratada em reunião, já que, conforme Resende, os principais hospitais sul-mato-grossenses têm tido dificuldade na aquisição desses insumos.. "Ontem tivemos dificuldades com hospitais da Capital, principalmente o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, que é o principal no enfrentamento a covid", disse em coletiva.

Para essa questão, ele garante que o governo estadual deve adquirir medicamentos por meio de farmacêuticas paulistas. "Sabemos que são escassos, mas é preciso parte desses medicamentos para não faltarem medicamentos do kit intubação. Aguardamos com expectativa outras solicitações que fizemos ao Ministério da Saúde", finalizou.

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