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Cidades

Juiz nega presença de Jamil Name em audiências em ação por obstrução de justiça

Juiz avaliou que presença de "Jamilzinho" em interrogatório não tem mesma singularidade que júri popular

Silvia Frias | 10/05/2023 14:55
Jamil Name Filho, 46 anos, foi levado para o Presídio Federal de Mossoró (RN), em 2019. (Foto/Arquivo)
Jamil Name Filho, 46 anos, foi levado para o Presídio Federal de Mossoró (RN), em 2019. (Foto/Arquivo)

O juiz da 1ª Vara Criminal de Competência Residual, Roberto Ferreira Filho, negou pedido de participação presencial de Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, de 46 anos, nas audiências previstas em maio, julho e agosto em processo sobre integração em organização criminosa. No despacho, consta que a situação “não tem a mesma singularidade da presença em julgamentos do Tribunal de Júri”.

Jamil Name Filho está preso desde setembro de 2019, no Presídio Federal de Mossoró (RN). Ele responde a vários processos em Mato Grosso do Sul, acusado de comandar grupo de milicianos, conforme apurado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Nesta ação penal, apura-se indícios das supostas práticas de obstrução à Justiça, para atrapalhar as investigações decorrentes da Operação Omertà. Na denúncia, constam os recibos de pagamentos realizados a familiares de corréus, além de conversas interceptadas entre testemunhas e acusados.

Além de Jamilzinho, também são réus o deputado estadual Jamilson Name, a prima deles, Cinthya Name Belli, e o advogado Anderson Buzo.

Em março, o juiz Roberto Ferreira Filho determinou a realização das audiências de instrução e julgamento, quando as testemunhas de defesa, acusação e os réus são interrogados.

Para o dia 15 de maio, serão ouvidas 13 testemunhas de acusação; nos dias 20 de julho e 17 de agosto, as testemunhas de defesa de Jamil Name Filho, Jamilson Name Filho e Anderson Buzo e, no dia 31 de agosto, os interrogatórios de todos os réus, por videoconferência.

No despacho publicado no Diário da Justiça de 8 de maio, o juiz negou o pedido da defesa. Mesmo reconhecendo que a presença física do réu “deve ser almejada”, não tem a mesma característica de julgamento no Tribunal do Júri. Roberto Ferreira Filho acrescentou que será assegurado ao réu o contato direto e privado com a defesa técnica.

Caso a defesa insista na presença do réu, pode ser a segunda vinda de "Jamilzinho" a Campo Grande este ano. De 17 a 20 de julho, ele estará na cidade, sob forte esquema de segurança, para ser julgado pela morte do estudante Matheus Coutinho Xavier, em processo que tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri. A vinda de Mossoró (RN) para cá foi assegurada após batalha judicial que chegou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O empresário, o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial civil Vladenilson Daniel Olmedo foram denunciados por homicídio qualificado por motivação torpe e porte ilegal de arma.

A reportagem entrou em contato advogados que representam Jamil Name Filho, para saber se irão recorrer da decisão sobre a ação de obstrução de justiça, que tramita na 1ª Vara Criminal, e aguarda retorno para atualização da reportagem também de Jamilson Name.

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