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Cidades

Delegado e outros 5 são absolvidos em caso de propina para barrar investigação

Os seis envolvidos foram presos durante a operação Omertà, mas apenas Obara teve prisão revogada

Ana Paula Chuva | 15/02/2023 17:30
Delegado Márcio Shiro Obara era apontado como facilitador de milícia armada. (Foto: Paulo Francis | Arquivo)
Delegado Márcio Shiro Obara era apontado como facilitador de milícia armada. (Foto: Paulo Francis | Arquivo)

Decisão da 1ª Vara Criminal de Campo Grande desta quarta-feira (15) absolve o delegado Márcio Shiro Obara, o ex-guarda Marcelo Rios, Fahd Jahmil, Flávio Correia Jamil Georges e Jamil Name Filho pelo crime de corrupção passiva e ativa. Todos os envolvidos foram presos durante a operação Omertà.

Segundo o juiz Roberto Ferreira Filho, Márcio, Fahd, Flávio e Jamilzinho também foram absolvidos pelos crimes de obstrução à Justiça, nesse último, o nome de Marcelo também aparece. No entanto, os três últimos devem permanecer presos e por isso não terão o alvará expedidos.

Fahd Jamil deverá permanecer cumprindo as medidas cautelares em razão de outras ações penais. Já Obara e o investigador da Polícia Civil Célio Rodrigues Monteiro, também absolvidos do crime de lavagem de capitais, tiveram todas as medidas cautelares revogadas com a decisão publicada nesta quarta-feira.

Omertà – O delegado Márcio Shiro Obara foi preso na 3ª fase da Operação Omertà, acusado de esconder provas na apuração do assassinato do policial militar reformado Ilson Martins de Figueiredo, ocorrido em 11 de junho de 2018.

No pedido de prisão o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) apontou que no carro da vítima, foi encontrado um envelope com a inscrição “dossiê” e que continha prints de conversas de WhatsApp entre Ilson e uma pessoa identificada apenas como "padrinho".

O diálogo citava que a morte do policial foi decidida durante reunião em Ponta Porã, que o interlocutor não iria conseguir reverter e que uma pessoa já havia sido morta por envolvimento no sumiço do filho de Fahd Jamil Georges.

O documento do Gaeco cita que o material não foi juntado ao inquérito policial da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), onde Obara era titular e investigava o crime. Nesta apuração, materiais da vítima, como caneta espiã e cartões de memórias, não foram periciados.

Ao pedir a prisão do delegado, a investigação do Gaeco ainda apontou que era preciso esclarecer a relação financeira entre Obara e o investigador Célio Rodrigues Monteiro, também preso nesta mesma fase da operação, mas solto um mês depois. No ano passado, o delegado repassou R$ 60 mil por meio de depósitos para o policial, o que poderia indicar uma suposta lavagem de dinheiro.


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