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Cidades

Mais de 100 crianças e adolescentes foram resgatados de trabalho ilegal

Ministério do Trabalho identificou menores atuando em oficinas, lavadores, bares e propriedades rurais

Por Ketlen Gomes | 12/06/2025 16:57
Mais de 100 crianças e adolescentes foram resgatados de trabalho ilegal
Trabalho infantil foi registrado em quatro cidades de MS este ano. (Foto: Divulgação Superintendência)

De janeiro a maio de 2025, o TEM (Ministério do Trabalho e Emprego), por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso do Sul, resgatou 103 crianças e adolescentes que atuavam em atividades incluídas na Lista TIP (Piores Formas de Trabalho Infantil).

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Em Mato Grosso do Sul, 103 crianças e adolescentes foram resgatados de trabalho ilegal entre janeiro e maio de 2025. As ações do Ministério do Trabalho e Emprego ocorreram em quatro municípios, onde menores entre 11 e 17 anos trabalhavam em diversos estabelecimentos, incluindo oficinas mecânicas, borracharias e propriedades rurais. Somente em maio, 47 menores foram flagrados em situação irregular. Em 2024, foram identificados 263 casos, número inferior a 2023, quando 376 crianças e adolescentes foram encontrados em trabalho ilegal. As denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Sistema Ipê Trabalho Infantil.

As ações ocorreram em Campo Grande, Corumbá, Chapadão do Sul e Mundo Novo, onde foram encontrados menores entre 11 e 17 anos trabalhando em oficinas mecânicas, borracharias, bares, lava-jatos, clínicas veterinárias, indústrias de confecção, supermercados, laboratórios industriais, farmácias e propriedades rurais, entre outros estabelecimentos que constam na Lista TIP.

Somente em maio, 47 crianças e adolescentes foram flagrados em situação irregular, exercendo funções como auxiliares de mecânico, trabalhadores rurais, controladores de pragas, recreadores, auxiliares de cozinha, garçons e banhistas de animais. Segundo a Superintendência, essas atividades oferecem riscos à saúde, segurança e moralidade, sendo, por isso, proibidas para menores de 18 anos.

“Encontramos adolescentes trabalhando abaixo da idade mínima em condições de extremo risco, como dentro de estufas de pintura automotiva, expostos à poeira e produtos tóxicos. São situações que podem comprometer permanentemente a saúde e o desenvolvimento dessas crianças”, alerta Maristela Borges de Souza Saravi, coordenadora regional da Fiscalização do Trabalho Infantil.

No ano passado, foram identificadas 263 crianças e adolescentes em situação de trabalho ilegal no Estado. Em 2023, o número foi ainda maior: 376. A Superintendência explica que a maior parte das ocorrências chega por meio de denúncias anônimas ou a partir do cruzamento de dados do eSocial, sistema que ajuda a detectar irregularidades trabalhistas.

As fiscalizações são intensificadas durante o mês de junho, em referência ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado nesta quinta-feira (12). Segundo o superintendente regional do Trabalho e Emprego em MS, Alexandre Cantero, “nenhuma criança deveria estar trabalhando, muito menos em funções que colocam sua saúde ou integridade em risco”.

Cantero reforça a importância do envolvimento não só do poder público, mas também das famílias, escolas, empresas e da sociedade como um todo no combate ao trabalho infantil. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê Trabalho Infantil.

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