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Cidades

MS tem 1º caso suspeito de "fungo negro"

Paciente de 71 anos apresentou lesão no olho e está sob investigação; fungo surge só em ambiente hospitalar

Marta Ferreira e Jhefferson Gamarra | 01/06/2021 18:20
Imagem microscópica do fungo que está atacando pacientes contaminados pelo novo coronavírus. (Foto: BBC)
Imagem microscópica do fungo que está atacando pacientes contaminados pelo novo coronavírus. (Foto: BBC)

Paciente de 71 anos internado em Campo Grande com covid- 19 apresentou suspeita de contaminação pelo “fungo negro”, infecção oportunista em pacientes internados com a doença. A enfermidade se chama “mucomircose” e ganhou as manchetes nos últimos dias por causa da ocorrência de casos na Índia. É uma complicação grave, que surge no ambiente hospitalar e pode levar os acometidos à necessidade de mutilações e até matar.

Em documento chamado “comunicação de risco”, o Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Mato Grosso do Sul) confirma a notificação do “provável” caso.

No documento, divulgado à área técnica, o Cievs alerta para a coleta de material e envio ao Lacen (Labotatório Central de MS) o mais rápido possível. Podem ser usados para a detecção do fungo material como escarro ou secreções colhidas do nariz, por exemplo, e ainda em lesões de pele e mucosas.

Considerada infecção oportunista, a doença não é transmitida fora do hospital.  É tratava como uma consequência grave que está atingindo vítimas do pandemia já internadas. No Brasil, até o ultimo balanço, haviam sido 29 registros suspeitos.

A infecção pode começar com um problema de pele, mas pode se espalhar para outras partes do corpo. Tem sido detectada só em pessoas já hospitalizadas.

O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho”, alerta o texto do Cievs obtido pelo Campo Grande News.

Para o tratamento, são necessárias pelo menos 4 semanas de terapia antifúngica intravenosa, além de equipe multidisciplinar por afetar mais de um órgão.

Quem é – O paciente de Campo Grande com suspeita de estar com o fungo negro está internado. É diabético e hipertenso. O doente passou a ter sintomas de covid-19 em 9 de maio e teve o diagnóstico confirmado no dia 18.

Ele havia tomado as duas doses de vacina contra o coronavírus em março e abril. A suspeita se mucormicose surgiu em 28  de maio, no olho esquerdo. Hoje, segundo quadro descrito, está em ventilação mecânica, sem condições para transferência para instituição de maior complexidade.

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