Praças, rios e balneários viram refúgio diante de onda de calor em MS
Moradores da região têm buscado alternativas para enfrentar altas temperaturas registradas
Moradores de municípios da região nordeste de Mato Grosso do Sul estão sob alerta diante de onda de calor extremo prevista para este semana. O jeito é buscar alternativas para enfrentar máximas que se aproximam dos 40°C. Rios, balneários e áreas de lazer ao ar livre se tornaram os principais refúgios da população.
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Moradores de municípios do interior de Mato Grosso do Sul buscam alternativas para enfrentar onda de calor com temperaturas próximas aos 40°C. Rios, balneários e áreas de lazer ao ar livre tornaram-se os principais refúgios da população em cidades como Três Lagoas, Água Clara e Cassilândia. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de "Grande Perigo" válido entre 23 e 29 de dezembro de 2025, com temperaturas 5°C acima da média por mais de cinco dias consecutivos. O fenômeno é causado por bloqueio atmosférico que dificulta a formação de chuvas e favorece a permanência do calor.
Em Três Lagoas, cidade a 327 km da Capital, o jornalista Alfredo Neto relata que o calor intenso já faz parte da rotina. “A gente sabe na pele o calor que está fazendo. Aqui o pessoal vai para os rios, como a Cascalheira e Jupiá, às margens do Rio Paraná, além do Balneário Municipal, no Rio Sucuriú”, conta.
Já em Água Clara, o cenário é semelhante. Segundo o morador Paulinho Munhoz, muitas vezes não há para onde fugir. “É ar-condicionado, ventilador e os rios que banham a cidade. O problema é que isso chega a um ponto perigoso, porque já tivemos muitas mortes no Rio Verde. Também tem o Rio Barra Mansa e o Boa Vista. E o pessoal consome bastante tereré para tentar amenizar o calor”, afirma.
Em Cassilândia, a falta de um balneário municipal é sentida pela população. “Aqui as pessoas vão para balneários de fora ou para o rio para se refrescar. Devia ter um balneário em Cassilândia para as famílias passarem o dia. Eu sempre vou ao rio com a minha família”, diz o morador Erike Aguiar.
Onda de calor - O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um aviso de onda de calor com grau de severidade “Grande Perigo”, válido entre 23 de dezembro de 2025, às 15h, e 29 de dezembro de 2025, às 18h. O alerta indica risco à saúde, com temperaturas pelo menos 5°C acima da média por mais de cinco dias consecutivos.
As cidades de Mato Grosso do Sul afetadas são: Água Clara, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Chapadão do Sul, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Cassilândia, Inocência, Paranaíba, Selvíria, Três Lagoas e Santa Rita do Pardo.
A recomendação é que a população, em caso de emergência, entre em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199.
Entenda - A nova onda de calor ganha força logo na primeira semana do verão, que começou sob a atuação de um bloqueio atmosférico sobre parte do Brasil. Esse fenômeno é causado por grandes sistemas de alta pressão, que dificultam a formação de chuvas mais organizadas e favorecem a permanência do calor por vários dias.
Mesmo assim, pancadas de chuva isoladas ainda podem ocorrer, típicas do verão, algumas com forte intensidade e acompanhadas de raios.
Ondas de calor podem acontecer em qualquer época do ano, mas são mais intensas na primavera e no verão, quando há maior incidência solar. A Organização Meteorológica Mundial considera onda de calor quando as temperaturas ficam ao menos 5°C acima da média por cinco dias ou mais.
Outro fator que agrava o desconforto é a ocorrência de noites abafadas, com temperaturas mínimas elevadas, dificultando a perda de calor acumulado durante o dia e aumentando o desgaste físico, especialmente em áreas urbanas.
O aumento na frequência e intensidade das ondas de calor é um alerta antigo da Organização Meteorológica Mundial e da Organização Mundial da Saúde.
Os anos de 2023 e 2024 foram os mais quentes já registrados desde o período pré-industrial (1850–1900). Em 2024, pela primeira vez, a temperatura média global ultrapassou o limite de 1,5 °C, considerado um patamar de alerta pelo Acordo de Paris.
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