Região Centro-Oeste teve menor índice de trabalho infantil em 2023, diz IBGE
Porém, Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrio Federal e Mato Grosso registraram 145 mil crianças trabalhando
Os números ainda não foram divididos por estados, mas a região Centro-Oeste registrou o menor índice de trabalho infantil em 2023, revela a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (18). Os dados trazem um recorte apenas das grandes regiões do país.
Conforme a pesquisa, o maior acumulado de crianças e adolescentes, entre 5 a 17 anos, que estão em situação de trabalho infantil foi registrado na região Nordeste, onde há 506 mil trabalhadores nessa condição. O Sudeste (478 mil) e o Norte (285 mil). Apesar de ficar em último colocado, o Centro-Oeste ainda acumula 145 mil trabalhadores nessa condição.
O levantamento ainda revela que, apesar de possuir o menor número, com média de 4,5%, o Centro-Oeste registra média de trabalho infantil maior que a média nacional, que é 4,2%. Apenas a região Sudeste (3,3%) e a Sul (3,8%) tiveram proporções menores.
Em comparação com o ano de 2016, o Centro-Oeste registrou em 2023 um aumento de 2 mil pessoas. Enquanto comparado com os anos de 2019 e 2022, houve uma pequena queda no números de pessoas realizando trabalho infantil, passando de 148 e 157 para 145 mil.
O população de 16 a 17 anos foi o grupo que registrou maior porcentagem de trabalho infantil, com 17,1%. Em seguida estão adolescentes de 14 a 15 anos (7,1%), crianças de 5 a 13 anos (1,1%).
Perfil - Sem apresentar um recorte por regiões, a pesquisa mostra que no Brasil, um a cada cinco trabalhadores infantis realizam 40h ou mais de jornada semanal. Ainda é revelado que as horas de trabalho aumentam conforme a idade. Em 2023, 4,6% dos trabalhadores infantis são pretos ou pardos. Enquanto brancos correspondiam a 3,6% do público.
O comércio e a reparação de veículos foram os que mais empregaram crianças e adolescentes durante o ano passado. Em seguida está a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, alojamento e alimentação, Indústria geral e por último serviços domésticos. As ocupações informais, entre adolescentes de 16 a 17 anos, recuou para 751 mil pessoas.
Para os trabalhadores do sexo masculino, o rendimento médio era de R$ 815, já do sexo feminino recebiam R$ 695. A diferença salarial também é vista quando olhado para a cor do trabalhador, sendo que pretos ou pardos era de R$ 707 e subiu para brancos R$ 875.
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