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Cidades

Rio e lago não são para nadar e brincadeiras facilitam morte, alerta bombeiro

Casos de afogamentos com morte vêm aumentando, desde que medidas de combate à pandemia não são mais impostas

Caroline Maldonado e Mirian Machado | 15/11/2021 11:49
Chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros, Major Fábio de Lima. (Foto: Marcos Maluf)
Chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros, Major Fábio de Lima. (Foto: Marcos Maluf)

Casos de afogamento em rios e lagos vêm aumentando nos últimos meses em Mato Grosso do Sul, segundo o Corpo de Bombeiros. Após a última morte, ocorrida ontem (14) em lago do loteamento urbano Nasa Park, em Jaraguari, a 44 quilômetros da Capital, o chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros, Major Fábio de Lima, fez o alerta de que ninguém deveria se banhar nesses tipos de locais.

Já nos casos onde é permitido nadar, o major lembra que deve-se evitar brincadeiras que possam confundir as pessoas e evitar um salvamento. Foi o que ocorreu no caso da morte no lago Nasa Park, conforme relato de uma testemunha à polícia. A princípio, ela achou que Lucas de Jesus Benites, de 22 anos, estava brincando e custou a perceber que, na verdade, o jovem havia se afogado.

Preocupado com o crescente número de afogamentos com morte, o major explica que apenas piscinas de condomínios, clubes e balneários são apropriados para banho, porque seguem regras de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros.

“Estes locais em que é permitido o banho têm certificado do Corpo de Bombeiros e equipamentos de segurança, inclusive, guarda-vidas, além de grades no entorno da piscina, salva-vidas, boia, colete, placas indicativas, entre outros que são necessários. Nos rios e lagos, têm muito risco oculto, que são poços, pedras, galhos, além da correnteza que a pessoa nem percebe, vai sendo puxada e, muitas vezes, não consegue voltar. Nenhum rio ou lago é próprio para banho, porque não te dá segurança ”, explicou o major.

Apesar de não expor números e comparativos de afogamentos dos últimos meses, o major explicou que o Corpo de Bombeiros já nota aumento nos casos neste período em que muitas medidas de combate à pandemia já não são mais impostas nos municípios e o fim de ano se aproxima.

“Estive em Jardim no mês passado, onde em quatro dias, houve dois afogamentos no Rio Miranda. Isso é muito. Um deles foi um pescador que tinha enroscado o anzol no fundo do rio e mergulhou para desenroscar, mas não conseguiu voltar. O outro caso foi de um jovem que caiu em um poço”, detalhou o militar.

A recomendação do bombeiro para pessoas que tentam salvar alguém que está se afogando é nunca entrar na água e nadar até a vítima. “Se presenciar alguém se afogando, o certo é jogar objetos para puxar para a borda, tais como galhos, cordas, boia, entre outros”, alerta o major.

Morte - O Corpo de Bombeiros fará vistoria no lago do Nasa Park, onde o corpo de Lucas foi encontrado ontem (14), para saber se havia ou não alguma placa indicando que não é permitido se banhar no local.

Uma mulher, de 67 anos, e duas crianças estavam junto com Lucas no momento que ele se afogou. Ela contou à polícia que estavam brincando e mergulhando na parte rasa, perto da margem, até que Lucas mergulhou e não voltou mais. Depois de alguns minutos, ela percebeu que não era brincadeira do jovem e pediu socorro para os convidados da festa, mas já era tarde demais.

De acordo com o boletim de ocorrência, o jovem era noivo de uma das convidadas do morador de 54 anos do condomínio, que também é dono de um pet shop e estava realizando confraternização da empresa.

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