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Simone diz que obra de acesso à ponte da Rota Bioceânica começou hoje

Ministra comentou que o presidente Lula deve inaugurar a rota até o fim de seu mandato em 2026

Por Jhefferson Gamarra e Maristela Brunetto | 20/09/2024 13:03
que aMinistra Simone Tebet durante coletiva na Fiems (Foto: Marcos Maluf)
Ministra Simone Tebet durante coletiva na Fiems (Foto: Marcos Maluf)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que as obras para a construção de um contorno e acesso à ponte da Rota Bioceânica começaram nesta sexta-feira (20). Durante palestra na Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) hoje, para falar da rota, um dos principais projetos de integração da América do Sul, ela disse que a obra será inagurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ministra destacou que, após um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chefes de Estado da América do Sul, em maio de 2023, sua equipe desenvolveu o projeto de cinco rotas bioceânicas, que foram aprovadas por Lula e já estão em processo de implementação.

Segundo Tebet, a ordem de serviço para o início das obras da Rota Bioceânica foi assinada em dezembro de 2023, com um investimento inicial de R$ 470 milhões. A previsão inicial era começar as obras em março de 2024, mas houve atrasos. Agora, as obras estão em andamento e devem ser concluídas até o final de 2026. A ministra, de forma bem humorada, comentou que o presidente Lula deve inaugurar a rota "nem que seja em 31 de dezembro de 2026", fazendo referência ao último dia de seu mandato.

Conhecida como Rota Bioceânica, o projeto encurtará significativamente a distância para as exportações e importações brasileiras, facilitando o comércio com mercados estratégicos na Ásia, Oceania e na Costa Oeste dos Estados Unidos. Além de impulsionar as relações comerciais com esses mercados, a rota tem como objetivo integrar ainda mais os países da América do Sul, posicionando Mato Grosso do Sul como um hub logístico, um ponto central de distribuição de mercadorias para o Brasil e a região.

Mato Grosso do Sul é o coração dessa rota de integração, que passará pela cidade de Porto Murtinho e cruzará o território paraguaio pelas cidades de Carmelo Peralta, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo. Em seguida, atravessará o norte da Argentina por Misión La Paz, Tartagal, Jujuy e Salta, até ingressar no Chile através do Passo de Jama. Por fim, a rota alcançará os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique, conectando o Brasil ao Pacífico e, consequentemente, aos mercados globais.

Esse corredor logístico visa reduzir o tempo de transporte em até 14 dias e cortar os custos em cerca de 29%, de acordo com Jaime Verruck, secretário da Semadesc, durante o evento. Para garantir esses benefícios, está prevista a construção de uma área de 18 mil m² no pátio de chegada da ponte da Rota Bioceânica, que facilitará o trânsito de veículos e mercadorias.

Tebet também abordou os desafios que ainda precisam ser discutidos e superados ao longo das de obras, como a estrutura alfandegária e a competitividade. Para tratar dessas questões, a ministra garantiu que iniciou conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a Receita Federal, que se envolverá diretamente no projeto, com previsão de destinação de pessoal para a operação da Rota Bioceânica.

Autoridades que participam da palestra (Foto: Marcos Maluf)
Autoridades que participam da palestra (Foto: Marcos Maluf)

O evento contou com a participação de Sérgio Longen, presidente da Fiems, Jaime Verruck, além de representantes de diversos setores industriais, como carnes, celulose e grãos. Esses setores devem ser diretamente beneficiados pela conclusão das obras da Rota Bioceânica, especialmente em termos de competitividade no mercado internacional. A expectativa é que, com a redução de custos e do tempo de transporte, esses segmentos possam expandir suas operações e alcançar novos mercados com mais eficiência.

Jaime Verruck, titular da Semadesc, ressaltou a importância da logística, para que não se perca os benefícios de economia de 14 dias no transporte e 29% nos custos. Para isso, está prevista a construção de uma área de 18 mil m² no pátio de chegada da ponte, para garantir espaço ao trânsito de veículos e cargas. Segundo ele, Mato Grosso do Sul pode se tornar um grande centro logístico para distribuir produtos asiáticos no Brasil.

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