Sul-mato-grossenses deixam Israel e aguardam voo de retorno em hotel na Jordânia
Informação foi confirmada pelo senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores

O grupo de brasileiros - incluindo sul-mato-grossenses - que estava em missão oficial em Israel já conseguiu deixar o país e agora aguarda voo para o Brasil. A saída foi realizada na madrugada desta quarta-feira (18), conforme informações divulgadas pelo senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores). Por questões de segurança, detalhes sobre os horários e o trajeto de retorno não foram divulgados. O cenário de guerra se intensificou entre Israel e Irã desde a semana passada.
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Sul-mato-grossenses que integravam missão oficial em Israel conseguiram deixar o país na madrugada desta quarta-feira (18). O grupo, composto por Ricardo Senna, Christinne Maymone e Marcos Espíndola, cruzou a fronteira com a Jordânia por via terrestre e aguarda em hotel local o voo de retorno ao Brasil. A saída ocorreu em meio à intensificação do conflito entre Israel e Irã. As passagens estão sendo providenciadas pelo governo israelense, e as embaixadas brasileiras na região mantêm-se mobilizadas para garantir apoio logístico e segurança no retorno dos cidadãos.
Formado por participantes de missões convidadas pelo governo israelense, o grupo iniciou o deslocamento por via terrestre ainda na manhã desta quarta-feira, horário local - madrugada no Brasil. Eles saíram do hotel em que estavam hospedados em Tel Aviv com destino ao posto de fronteira Allenby/Rei Hussein, que liga Israel à Jordânia.
A travessia foi realizada em veículo fornecido pelas autoridades israelenses. Após cruzarem a fronteira, os brasileiros foram recebidos pela imigração jordaniana e seguiram para um hotel, onde aguardam a emissão das passagens de volta ao país. Os bilhetes de viagem estão sendo organizados e custeados pelo governo de Israel.
Entre os integrantes do grupo estão três representantes de Mato Grosso do Sul: Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação; Christinne Maymone, secretária-adjunta Estadual de Saúde; e Marcos Espíndola, coordenador de TI da mesma pasta. As embaixadas brasileiras na região seguem mobilizadas para garantir apoio logístico e segurança no retorno dos cidadãos.
Eles viajam em voo comercial e Ricardo deve chegar na sexta-feira na Capital, segundo informação repassada pelo gabinete do senador Nelsinho. Sobre os outros sul-mato-grossenses, não há data informada. O senador comentou que, apesar da ansiedade das pessoas que ainda tentam a volta, não há outro meio a não ser as condições que o governo israelense aponte para a retirada dos brasileiros.
O espaço aéreo israelense permanece fechado, o que impede operações diretas a partir do território e torna as saídas terrestres, como a realizada pelo grupo, a alternativa mais viável no momento.
O senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da CRE do Senado, acompanha a situação de perto e mantém contato com o grupo de sul-mato-grossenses. “Acompanhamos cada etapa dessa operação. Estive em contato constante com os sul-mato-grossenses e seguimos atentos aos demais casos que chegam à Comissão”, afirmou o senador.
As comitivas fazem parte de duas frentes institucionais brasileiras — a Expo Muni e o Consórcio Brasil Central. A maior parte dos integrantes deverá embarcar em conexões a partir de Doha, no Catar. A Embaixada do Brasil em Doha já recebeu a lista de passageiros e está em contato com as autoridades locais para acompanhar a chegada e os embarques.
Desde o início da nova escalada do conflito entre Israel e Irã, o Itamaraty tem monitorado brasileiros que estavam na região, seja em missão oficial, turismo ou peregrinação religiosa. A possibilidade de uma missão de resgate com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) segue em avaliação, mas depende de condições logísticas e de segurança para ser executada.
Conflito - A guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, que se intensificou em outubro de 2023, já custou milhares de vidas e devastou a Faixa de Gaza. Em meio a este cenário, uma nova frente de combate se abriu na semana passada, com ataques israelenses ao Irã e a retaliação iraniana, que lançou mísseis balísticos contra Tel Aviv e Jerusalém.
O governo brasileiro acompanha a crise e avalia medidas, incluindo o rompimento de relações militares com Israel.
A CRE também acompanha a situação de 56 brasileiros em missão religiosa na Galileia e de outros turistas que procuraram apoio para repatriação. O Itamaraty mantém tratativas com países vizinhos e não descarta uma missão aérea de resgate, conforme as condições de segurança e viabilidade logística.
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