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Cidades

A 24h de mobilização, produtores rurais tentam reverter liminar que veta leilão

Zana Zaidan e Filipe Prado | 06/12/2013 18:51
Produtores se reuniram para reverter liminar contra Leilão da Resistência (Foto: Marcos Ermínio)
Produtores se reuniram para reverter liminar contra Leilão da Resistência (Foto: Marcos Ermínio)

A menos de 24 horas do “Leilão da Resistência”, produtores rurais de Mato Grosso do Sul articulam formas de reverter a liminar que veta a comercialização de animais e demais produtos arrecadados. A organização não confirma se vai burlar a decisão que proíbe o leilão, o que será definido apenas na hora do evento.

No entanto, com ou sem arrecadação de fundos, o movimento nacional contra as invasões de terras por indígenas está mantido para as 14 horas de amanhã (7) e, inclusive, deputados da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) estão em Campo Grande para endossar o ato.

Conforme o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) - uma das organizadoras do “Leilão” – Eduardo Riedel, a assessoria jurídica da entidade passou o dia reunida para definir como derrubar a decisão judicial. “Nossos advogados estão reunidos para definir como derrubar a liminar da juíza”, afirmou, sobre a liminar da juíza da 2ª Vara Federal, Janete Lima Miguel. O dinheiro arrecadado seria revertido em fundos para financiar o direito à luta pela propriedade e impedir a invasão por indígenas.

“O movimento vai acontecer, já que o leilão é somente parte do ato. Se, até lá, a Justiça não autorizar a venda, vamos decidir o que será feito”, acrescentou Riedel.

Apesar da proibição, cerca de 50 cabeças de gado já estão alojadas no Parque de Exposições Laucídio, que vai sediar o “Leilão da Resistência”. Até amanhã, outras 800 chegarão ao local, afirma o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de MS), Francisco Maia. “Estamos confiantes que vamos reverter a decisão. Esse dinheiro da venda dos animais seria para buscar a proteção dos produtores e, mais do que ter fundos, vamos conseguir chamar a atenção do governo federal e da sociedade para a questão do conflito agrário”, ressaltou.

Além das entidades de classe que participam do movimento, já estão na Capital os deputados da FPA Ronaldo Caiado (DEM-GO), Paulo César Quartiero (DEM-PR) e Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).

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