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Cidades

Apuração de fraude em concurso levou secretário municipal à prisão

Operação Back Door também cumpriu mandados de busca e apreensão na cidade e em Campo Grande, suspeita é de que processo seletivo foi organizado com irregularidades

Humberto Marques | 03/07/2018 17:16
Secretarias Municipais de Administração e de Obras de Aparecida do Taboado, além da Procuradoria-Geral, foram alvos de ação. (Foto: PMAT/Divulgação)
Secretarias Municipais de Administração e de Obras de Aparecida do Taboado, além da Procuradoria-Geral, foram alvos de ação. (Foto: PMAT/Divulgação)

O secretário municipal de Administração de Aparecida do Taboado –a 481 km de Campo Grande–, Kaiser Carlos Correa, foi o alvo do mandado de prisão provisória que integra a operação Back Door, realizado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nesta terça-feira (3). A ação também envolveu o cumprimento de mandados de busca e apreensão no município e na Capital.

Conforme o MPMS, todos os mandados foram expedidos pela 1ª Vara de Aparecida do Taboado, a pedido da 1ª Promotoria de Justiça da cidade, que apura um esquema de fraude em concurso público realizado no dia 24 de junho pela prefeitura para cargos de Administrador, Analista de Controle Interno, Contabilista, Dentista, Enfermeiro, Médico, Engenheiro Civil, Fiscal Tributário, Odontólogo, Procurador Jurídico, Recepcionista, Técnico de Enfermagem, Topógrafo, Agente Administrativo, Gari, Margarida, Motorista, Operador de Máquinas, Telefonista e Tratorista. Ao todo, seriam preenchidas cerca de 60 vagas e formado cadastro reserva.

As sedes das Secretarias Municipais de Administração e Obras, a Procuradoria-Geral e a Idagem, empresa responsável pela realização do processo seletivo, foram vistoriadas. Servidores, ex-funcionários municipais e particulares também foram alcançados pelas investigações.

A Back Door apura irregularidades no processo seletivo –duas delas abrangeram a disputa para o cargo de Procurador Jurídico, cujas provas foram suspensas por ordem judicial: exigência apenas de prova escrita, e não “provas e títulos”, como prevê a Lei Orgânica Municipal, e falta de participação de representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na banca.

O nome da operação –“porta de trás”, na tradução do inglês– foi uma referência a pessoas que desejariam ingressar no serviço público sem se submeter às regras do concurso público.

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