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Cidades

Candidatos fazem concurso para PM já sonhando com mudança na carreira

Mais de 36 mil fazem hoje provas de concurso para a Polícia Militar

Kleber Clajus e Bruna Kaspary | 12/08/2018 10:10
Operadora de telemarketing, Fernanda Hensel mudou rotina para incluir estudos e quer ser perita papiloscopista no futuro (Foto: Marina Pacheco)
Operadora de telemarketing, Fernanda Hensel mudou rotina para incluir estudos e quer ser perita papiloscopista no futuro (Foto: Marina Pacheco)

Entre os 36 mil candidatos a vagas na Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, neste domingo (12), parte deles sonha em conquistar estabilidade para buscar outras carreiras até mesmo na área da segurança pública. Hoje, contudo, eles conciliam o trabalho com os estudos.

Fernanda Hensel, 19 anos, comentou que a preparação para as provas teve início quando saiu o edital do certame em dezembro do ano passado. Como operadora de telemarketing, ela foi adaptando sua rotina para incluir ao acordar e no horário de almoço momentos para revisar os conteúdos da prova objetiva. "Sonho é ser aprovada para me estabilizar, fazer o curso de Direito e concurso para papiloscopista", relatou Fernanda sobre planos futuros.

Camila Benites, 22 anos, segue os passos do pai policial civil para tentar uma vaga na área de segurança, mas a estudante de Arquitetura e Urbanismo também quer mesmo ser perita.

O foco do enfermeiro Augusto Almeida Damaceno, 26 anos, na verdade é ser aprovado no concurso do Corpo de Bombeiros em setembro. Hoje, porém, busca vaga na Polícia Militar depois de sair de plantão em Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, direto para a prova. "Estudei cerca de duas horas por dia e acredito que tenho chance", destacou.

Anderson Militão e Dienifer Nóbrega começaram a estudar antes mesmo do edital (Foto: Marina Pacheco)
Anderson Militão e Dienifer Nóbrega começaram a estudar antes mesmo do edital (Foto: Marina Pacheco)
Giesse de Carvalho foi para a prova com o esposo e a filha de um mês nos braços (Foto: Marina Pacheco)
Giesse de Carvalho foi para a prova com o esposo e a filha de um mês nos braços (Foto: Marina Pacheco)

Para o guarda civil municipal Anderson Militão, 31 anos, não se pode parar de estudar se há pretensão de crescer profissionalmente na carreira pública. Ele mesmo brinca ser necessário "buscar sempre algo melhor" e, por isso, tem se preparado ainda para conquistar vaga no já autorizado concurso da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Como Anderson, a garçonete Dienifer Nóbrega, 28 anos, optou em se preparar antes para a prova devido a concorrência no concurso que exige Ensino Médio completo nas 388 vagas de soldado, sendo 341 para o sexo masculino e 47 para o feminino. "É bastante concorrido, então comecei a estudar em outubro. Para mulheres, são 211 candidatas por vaga", relatou.

Acompanhadas - Candidatas como Thalía da Silva Bezerra e Giesse de Carvalho, de 20 e 27 anos, terão ainda que conciliar durante a prova hoje o cuidado com as filhas de três e um mês, respectivamente. Giesse conseguiu suporte da mãe, que ficará em uma sala separada, enquanto ela e o marido respondem as questões do certame. Já Thalía chegou 20 minutos antes do fechamento do portão ansiosa pelo que enfrentaria na prova objetiva.

Todos os candidatos foram entrevistados na Uniderp, onde 11 dos 36 mil candidatos fazem provas objetivas para soldado. O cargo, assim que concluído curso de formação, tem salário inicial de R$ 3.352,53. A tarde tem avaliação para oficiais com remuneração de R$ 7.089,13.

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