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Capital

Acidente faz carros invadirem obra em trecho considerado crítico no Centro

Moradores relatam mais de 10 colisões, todas com veículos que atravessaram canteiro cercado no local

Por Dayene Paz e Raíssa Rojas | 20/08/2025 10:55

RESUMO

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Colisão entre Jeep Compass e Renault Kwid na esquina das ruas Joaquim Nabuco com Barão do Rio Branco, em Campo Grande, reacende debate sobre segurança viária na região. O acidente, ocorrido na manhã desta terça-feira (20), não deixou feridos, mas evidencia problema recorrente no local. Moradores e comerciantes relatam aproximadamente dez acidentes apenas este ano no trecho, incluindo capotamentos e colisões graves. A comunidade reivindica a instalação de redutores de velocidade e semáforos, alertando que o estreitamento da via devido a obras locais agravou a situação já crítica.




Colisão envolvendo um Jeep Compass e um Renault Kwid chamou atenção na esquina das ruas Joaquim Nabuco com Barão do Rio Branco, próximo à obra atrás da antiga rodoviária de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (20). Os veículos desceram em sentidos opostos e colidiram após o motorista do Kwid furar a placa de “Pare”. Ambos os ocupantes saíram ilesos, mas o episódio voltou a reforçar uma reclamação antiga de comerciantes e moradores: os acidentes nesse trecho se tornaram rotina.

“Eu só me assustei desta vez”, relatou Carlos Antônio da Costa, 46 anos, comerciante que mantém o comércio na esquina há 18 anos. “A gente pede um quebra-molas aqui na Joaquim Nabuco e na Barão do Rio Branco. Normalmente os carros passam a 100 km/h. A imprudência é diária. Com a obra, estreitaram a pista e o que já era ruim ficou pior”.

Acidente faz carros invadirem obra em trecho considerado crítico no Centro
Carros que invadiram obra atrás da antiga rodoviária. (Foto: Marcos Maluf)

Elidia Maria da Silva, 54 anos, moradora da região, presenciou outros acidentes. “Eu estava indo pegar a bolsa no carro quando ouvi o barulho. Não é nem o terceiro acidente que vejo por aqui. Um quebra-molas ajudaria, talvez no meio do quarteirão. Facilitaria até a travessia de pedestres, porque as pessoas descem com tudo quando abre o sinal”.

O comerciante Alexandre Kaue Fernandes de Souza, de 32 anos, testemunhou o acidente mais recente. “Eu estava trocando as roupas do manequim quando vi o Jeep descendo pela Joaquim e o Kwid pela Barão. O Kwid bateu na roda do Jeep, não conseguiu frear e acabou invadindo a obra. Um carro vermelho que estava descarregando quase foi atingido. Aqui precisa de um semáforo ou, pelo menos, um quebra-molas para obrigar a pessoa a parar”.

Segundo relatos de moradores e trabalhadores da região, o trecho tem histórico de acidentes frequentes: cerca de 10 ocorrências só neste ano, incluindo carros capotados e um veículo que colidiu contra um poste há cinco meses. Em dezembro de 2023, um rapaz chegou a perder um dedo em outro acidente no local.

Acidente faz carros invadirem obra em trecho considerado crítico no Centro
Um dos acidentes registrados no dia 24 de julho deste ano. (Foto: Direto das Ruas)

Brena Perotti, de 21 anos, trabalha como vendedora em uma lotérica próxima e gravou diversos vídeos de acidentes antigos. “Nesse tempo já foram muitos. Alguns nem dá tempo de filmar. Já brigaram muito por quebra-molas aqui, mas não resolve. Precisaria de pelo menos um na Barão do Rio Branco e um redutor na Joaquim. Estão literalmente esperando alguém morrer”.

A diminuição da via devido aos tapumes da obra e o fluxo intenso na região central de Campo Grande têm sido apontados como fatores que aumentam os riscos. Comerciantes e moradores reforçam a necessidade urgente de medidas de segurança, como semáforos, redutores de velocidade e quebra-molas.

O motorista do Kwid, de 29 anos, não quis se manifestar.

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