Agetran promete manter árvores e acabar com caos no Via Parque
Início das obras estava previsto para agosto do ano passado
A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande) apresentou novo projeto ao MPE (Ministério Público do Estado) para as mudanças na rotatória da Via Parque com a Avenida Mato Grosso. A novidade é que as árvores e postes serão mantidos, uma vez que a rotatória também não será retirada.
O local é motivo de muita reclamação dos motoristas nos horários de picos. Diariamente, cerca de 20 mil veículos passam pela rotatória que dá acesso ao Parque dos Poderes. Agora, a ideia de manter a rotatória e instalar semáforos foi retomada. Segundo a proposta, não haverá necessidade de retirada de nenhuma árvore.
A apresentação do projeto aconteceu depois que procuradores de Justiça e coordenadores dos Centros de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça ameaçaram fazer uma vistoria técnica e avaliar a eficiência do projeto inicial. O investimento previsto para a obra é de R$ 1,3 milhão.
Num primeiro momento, planejava retirar a rotatória, substituída por canteiros que teriam semáforos, com retirada de árvores e postes. Também precisaria fazer o alargamento da Avenida Mato Grosso para a criação de uma baía de conversão, sentido Parque dos Poderes para a Via Parque.
Agora, foi apresentado outro projeto onde a rotatória será mantida, mas terá instalação de semáforos, permitindo todos os movimentos de conversões. A nova proposta ainda prevê a abertura semaforizada da Rua Antonio Teodorowikck com a Rua Antonio Maria Coelho, esta com sentido duplo, com uma baía de estacionamento para que se possa permitir a livre circulação na via pública.
Também está prevista a contratação de estudo de tráfego para a região, contemplando contagem volumétrica de tráfego por 24 horas, inclusive pesquisa Origem e Destino na rotatória existente, bem como simulação de tráfego, pesquisa de velocidade e retardamento.
Os técnicos da Agetran ouviram a preocupação dos procuradores de Justiça sobre a fluidez do trânsito no local e reconheceram que a área é muito frágil e a região concentra um grande fluxo de veículos no sentido Parque dos Poderes e outros órgãos da administração Estadual e Federal.
Além dos órgãos públicos a região está ganhando grande número de edifícios como hotéis e clínicas. Um conjunto de edifícios próximo ao Parque dos Sóter tem 800 apartamentos e ainda está em construção. Outros prédios próximos ainda estão sendo construídos.
Vistoria - Os Procuradores de Justiça Evaldo Borges Rodrigues da Costa, Antonio Siufi Neto, Hudson Shiguer Kinashi e Marigô Regina Bittar Bezerra, requereram ao Promotor de Justiça Antonio André David Medeiros, Coordenador do Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução (DAEX) e do Centro de Pesquisa, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI), órgãos do Ministério Público do Estado, uma vistoria técnica e perícia daquele cruzamento, visto ser o DAEX órgão Ministerial, de corpo técnico especializado em engenharia voltada à área do urbanismo.
Os Procuradores consideraram que constitui fato público e notório que o trânsito de veículos flui, de forma lenta e deficiente no cruzamento da Avenida Mato Grosso e Via Parque, gerando congestionamento, dificuldades e transtornos à mobilidade dos veículos dos cidadãos que se valem da referida via de acesso ao Parque dos Poderes.
A ideia era apurar qual, dentre as obras públicas viáveis a que melhor venha a atender à segurança pública em relação à prevenção de acidentes automobilísticos, à mobilidade urbana e celeridade do fluxo do trânsito de veículos naquele local.
Assinaram o requerimento, o 7º Procurador de Justiça Criminal e Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Habitação e Urbanismo e do Patrimônio Histórico e Cultural (CAOHURB), Evaldo Borges Rodrigues da Costa; o 6º Procurador de Justiça Criminal e Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Patrimônio Público e Social, Antonio Siufi Neto (CAOPPS); o 2º Procurador de Justiça e Criminal e Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais do Cidadão e dos Direitos Humanos (CAO da Cidadania), Hudson Shiguer Kinashi; e 3ª Procuradora de Justiça Cível e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente (CAOMA), Marigô Regina Bittar Bezerra.