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Capital

“Agora eu poderia estar enterrando meu marido”, diz mulher após tiros em festa

Segundo a esposa do homem, o suspeito assediou mulheres do grupo mesmo após pedidos para que parasse

Por Bruna Marques | 04/05/2025 17:40


RESUMO

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Uma tentativa de homicídio ocorrida na madrugada de domingo, em Campo Grande, após uma festa, é investigada pela polícia. O crime foi motivado por assédio e resultou em troca de tiros entre o agressor e um policial militar. Segundo a esposa da vítima, o suspeito assediou mulheres do grupo, mesmo após pedidos para que parasse. O marido da testemunha confrontou o agressor, que ameaçou retornar e matar todos. Minutos depois, o suspeito voltou armado e atirou contra o grupo. Um policial militar que deixava o local reagiu, impedindo o homicídio. O agressor fugiu e está sendo procurado.

A tentativa de homicídio na madrugada deste domingo (4), na saída de uma festa no Bairro Amambai, em Campo Grande, assustou os participantes, especialmente a esposa da vítima. O ataque começou após um suposto caso de assédio e terminou quando um homem, de dentro de uma caminhonete, atirou contra outro que deixava o local com a esposa e amigos. A ação foi interrompida por um cabo da Polícia Militar, que reagiu aos tiros.

A esposa da vítima que preferiu não se identificar, relatou que o suspeito, que estava acompanhado de um conhecido de seu marido — um policial —, passou a encarar e assediar as mulheres do grupo, mesmo após pedidos para que se afastasse. “Ele ficava olhando de forma escrachada, encarando, rindo, fazendo caras e bocas. Mesmo com todos acompanhados, ele seguia provocando”, afirmou.

O marido da testemunha chegou a pedir que o homem parasse com o comportamento, mas foi hostilizado. “Ele riu e falou para meu marido não se preocupar, que não estava olhando ‘para essas mulheres feias’”, contou. Após novas provocações, os seguranças foram acionados diversas vezes, mas, segundo a mulher, não tomaram providências imediatas. Em meio às provocações, houve um tapa dado por seu marido no suspeito, o que gerou uma confusão e a expulsão do grupo da festa.

Minutos depois, já na rua, o homem retornou armado, dirigindo a caminhonete. “Ele passou e falou para o meu marido: ‘Eu vou te matar’. Ficamos assustados, mas ainda achamos que ele não voltaria”, disse. No entanto, o agressor voltou ao local e efetuou vários disparos contra o grupo, sem sequer sair do veículo.

Foi nesse momento que o cabo da Polícia Militar, que também deixava o evento, reagiu ao ataque. “O policial viu tudo e atirou de volta. Se não fosse Deus para ter colocado aquele policial saindo no mesmo momento, agora eu poderia estar enterrando meu marido”, desabafou a mulher.

O caso foi registrado na delegacia e será investigado como tentativa de homicídio. O agressor fugiu após a troca de tiros, e a polícia segue em buscas para identificá-lo formalmente.

Confusão - De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 3h da manhã, uma caminhonete Toyota Hilux, cinza-chumbo, parou em frente ao local da festa e o motorista começou a atirar contra um grupo de pessoas que saía do evento. Segundo as vítimas, o ataque teria sido motivado por um desentendimento anterior relacionado a denúncias de assédio.

Entre as cerca de 20 pessoas que estavam na saída da festa, havia dois casais. Eles contaram que o atirador teria assediado as mulheres durante o evento, o que gerou uma briga com os companheiros delas. Depois de ser confrontado, o suspeito teria dito que voltaria para “matar todo mundo” — e foi isso que tentou fazer alguns minutos depois, quando voltou armado e começou a atirar contra o grupo.

O policial militar, que também estava na festa e se preparava para ir embora, viu o momento em que os tiros começaram. Ele sacou a arma e atirou três vezes contra a caminhonete, fazendo com que o atirador fugisse. Ainda não se sabe se ele foi atingido.

Equipes da Polícia Militar de plantão foram chamadas, assim como agentes do GOI (Grupo de Operações e Investigações), da Rotac e do CFP (Comando de Força Policial).

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol como tentativa de homicídio e disparo de arma de fogo.

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