Após prisão de protetora, móveis são retirados da casa infestados de baratas
Cerca de 100 cães e gatos estavam em situação de insalubridade no Bairro Universitário
Após horas da prisão da protetora animal que deixava cães e gatos em ambiente insalubre, no Bairro Universitário, em Campo Grande, móveis da casa foram retirados infestados de baratas. Cerca de 100 animais estavam na residência, alguns mortos.
Os 90 que restaram foram recolhidos aos poucos por outros protetores. Os animais foram encontrados junto ao corpo de Neilton Soares Cabral, de 49 anos, irmão da mulher presa, que morreu em meio a sujeira, nesta sexta-feira (8).
Um dos vizinhos, que não quis dizer o nome à reportagem, ressaltou que o cheiro no imóvel era insuportável e que os bichos apareciam nas casas da vizinhança. “Eu reclamava com eles sobre a sujeira, porque entrava muita mosca, bicho. Os gatos também acabavam entrando na minha casa. Antes como não ficava em casa o dia todo não percebia a situação, mas quando fiquei devido a uma cirurgia que consegui perceber. Era insuportável”.
O homem mora no local há 8 anos e diz que a protetora não falava com os vizinhos.”Nos últimos meses aumentou muito o número de animais na casa Fora o aparecimento de rato, escorpião e barata”.
Entenda - Nesta sexta-feira (8) Neilton foi encontrado na residência onde morava no bairro Universitário. Uma equipe da Polícia Civil foi até o local, após familiares relatarem pelo telefone que Neilton havia falecido. Já na chegada à residência, situada na Rua Eusébia Neder, os policiais sentiram um forte cheiro na residência.
Ao adentrar no quintal, os civis verificaram que mais de 100 animais domésticos estavam soltos ou presos em gaiolas adaptadas. "Foi possível notar que havia animais mortos em meio a outros ainda com vida, todavia, em situação aparente de desnutrição e maus-tratos", descreve o boletim de ocorrência.
Segundo a polícia, outras três pessoas residem na casa. Havia infestação de baratas dentro e fora dos cômodos, "inclusive sobre o corpo da vítima e de um dos acamados que se recuperava no local", destaca o documento. Aos policiais, a moradora autuada disse que tem dois filhos com necessidades especiais e cuidava do irmão.
A mulher pontuou que Neilson estava muito debilitado e que havia recebido alta médica da Santa Casa de Campo Grande com recomendação de cuidados. Ela também alegou que trabalha como acolhedora de animais em situação de abandono, informando que recebe auxílio financeiro e doações para manter os cães e gatos.
No entanto, a equipe responsável pela ocorrência relatou que "o local não apresenta condições de habitação [...] e que a vítima não tinha condições de ser cuidada naquele ambiente, visto a infestação de baratas, animais mortos inclusive na área de cozinha onde se manuseia alimentos".
O caso foi registrado maus-tratos, se do fato resulta a morte, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário e Centro Especializado de Polícia Integrada).
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