Assassino de Maria Graziele vai responder por homicídio triplamente qualificado
Um mês após prisão, MPMS defende que Lucas Pergentino Camara comedeu homicídio por asfixia, traição e feminicídio
Um mês depois de ser preso, Lucas Pergentino Câmara, de 26 anos, foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo assassinato da ex-mulher Maria Graziele Elias de Souza, de 21 anos. O documento pede que ele seja julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri por homicídio triplamente qualificado.
A denúncia recebida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida defende que Lucas cometeu homicídio qualificado por asfixia, mediante traição e feminicídio, além da ocultação de cadáver.
No documento, o MPMS lembrou que Maria Graziele e Lucas viveram juntos por oito anos, mas tinham um relacionamento conturbado, marcado por “ciúme doentio e sentimento de posse” do autor em relação a jovem. Eles estavam separados há cerca de um mês quando o crime aconteceu.
No dia 14 de abril, aniversário de Lucas, aceitou ir até a casa do rapaz, na Rua Mitsuyo Aratani, no Parque do Lageado, para comemorar a data. Segundo a denúncia, os dois mantiveram relação sexual e permaneceram deitados conversando. A jovem então comentou sobre o medo que sentia de ser morta pelo companheiro e nesse momento foi imobilizada por ele.
Aplicando um mata-leão, Lucas virou Maria Graziele de bruços na cama e a matou asfixiada. Em seguida, o assassino foi visitar a mãe. Após seis horas voltou para casa, colocou o corpo da vítima no carro e a levou até a BR-262. O corpo da estudante só foi encontrado cinco dias depois.
Em depoimento a polícia, Lucas afirmou que matou Maria Graziele por impulso. Nos cinco dias que a jovem ficou desaparecida, o suspeito fingiu ajudar a família a procurar a ex-mulher e tentou atrapalhar as investigações, mas acabou descoberto e detido após de ter a prisão temporária decretada pelo juiz, a pedido da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio).
No dia 21 de abril, a prisão foi convertida em preventiva. Na decisão o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida alegou que a medida era necessária para “garantia da ordem pública”, já que Lucas era reincidente. Ele já havia sido denunciado por violência doméstica contra Maria Graziele.