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Capital

Assistentes de creches vão à Câmara e prometem voltar ao trabalho amanhã

Por causa de paralisação de parte das funcionárias, algumas Emeis fecharam nesta manhã (5)

Por Cassia Modena e Caroline Maldonado | 05/03/2024 13:15
Cerca de 20 assistentes de educação infantil foram até a Câmara para levar reivindicações aos vereadores (Foto: Caroline Maldonado)
Cerca de 20 assistentes de educação infantil foram até a Câmara para levar reivindicações aos vereadores (Foto: Caroline Maldonado)

As assistentes de educação infantil que trabalham nas Emeis (Escolas de Educação Infantil) de Campo Grande e paralisaram as atividades nesta terça-feira (5), prometem voltar ao trabalho amanhã (6).

Por causa da paralisação, algumas creches não abriram e alunos foram dispensados. Enquanto isso, aproximadamente 100 funcionárias protestaram em frente à prefeitura por não concordarem com o salário oferecido no processo seletivo lançado hoje para contratar para a mesma função que exercem, e do qual muitas participarão para serem readmitidas.

Em relação ao contrato temporário vigente com as assistentes de educação infantil, o salário oferecido na nova seletiva teve reajuste de R$ 400. É R$ 1,5 mil e passará a ser R$ 1,9 mil. Elas pediram que fosse de R$ 2,5 mil, no entanto.

A categoria reivindica, ainda, poder faltar ao trabalho sem ter salários descontados quando precisarem acompanhar os filhos em consultas ou eles tiverem atestado médico.

Conforme apurou a reportagem, estavam de portas fechadas nesta manhã devido à paralisação, a Emei Eloedes Estavan, que fica bem ao lado da prefeitura; a Emei Emy Ishida Nascimento Nogueira, localizada na Rua Antônio Maria Coelho; e a Emei Sandra Mara Gobbo, que atende crianças do Bairro Caiobá.

Na Câmara - O retorno às atividades foi confirmado pela representante da categoria, Natali Pereira, quando ela e cerca de 20 das protestantes foram até a Câmara Municipal levar as reivindicações aos vereadores.

Natali Pereira, representante da categoria que foi à Câmara (Foto: Caroline Maldonado)
Natali Pereira, representante da categoria que foi à Câmara (Foto: Caroline Maldonado)

"Vai ter uma reunião na Secretaria Municipal de Educação hoje à tarde para debaterem isso e vamos aguardar 72 horas. Estaremos trabalhando, mas podemos começar uma greve se não houver resposta às nossas reivindicações", ameaça a representante.

Natali não tem estimativa de quantas assistentes de educação infantil paralisaram as atividades hoje, e nem de quantas poderão aderir à possível greve.

A assessoria de imprensa da Semed (Secretaria Municipal de Educação), informou que ontem (4), foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande a autorização para realização do concurso público para o setor administrativo da educação.

A respeito da paralisação desta terça-feira (5), disse em nota que "o ato está sendo mobilizado por um grupo que não concorda com o aumento do valor previsto no novo processo seletivo e tem feito oposição. O levantamento realizado pela Secretaria aponta que quatro unidades escolares aderiram ao movimento".

Concurso - Enquanto anunciava concurso público com 2 mil vagas para cargos no Município, a prefeitura Adriane Lopes (PP) explicou que o certame não inclui o cargo efetivo de assistente de educação infantil porque ele ainda não existe no quadro funcional. Um projeto de lei será encaminhado para a Câmara autorizar a criação e isso ser possível. Por essa razão, foi necessário lançar mais um processo seletivo temporário para suprir a demanda.

Líder da prefeita na Câmara, o vereador Roberto Avelar, o "Beto" Avelar (PSD), confirmou que o projeto está pronto, embora ainda não tenha sido enviado. Ele não soube dizer quando a prefeita fará o envio e nem quando o texto deve ser votado, porque isso depende da presidência da Casa de Leis, que pode colocar o projeto na pauta da próxima sessão, na quinta-feira, ou ainda hoje em regime de urgência.

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