Briga durante votação suspende eleição para presidente de bairro
Comissão eleitoral suspende votação por falta de segurança e prevê nova eleição em até 3 meses
A eleição para escolher o novo representante do bairro Moreninhas III, em Campo Grande, foi suspensa na manhã deste domingo (29) após brigas e troca de acusações entre cabos eleitorais. A confusão, que começou do lado de fora da Escola Estadual Professora Célia Maria Naglis, local de votação, precisou ser contida pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Metropolitana, que acompanha o pleito desde o início da manhã.
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Eleição para presidente de bairro em Campo Grande é suspensa após briga. A confusão na Escola Estadual Professora Célia Maria Naglis, local de votação, envolveu cabos eleitorais e exigiu intervenção da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. Três chapas concorriam ao cargo com mandato de quatro anos e cerca de 1,2 mil moradores eram esperados. Acusações de participação de moradores de fora do bairro motivaram a suspensão da votação. Apesar do cadastro de eleitores, o presidente da Comissão Eleitoral encerrou o processo por questões de segurança. Uma nova data para a eleição deve ser definida até agosto, após análise do ocorrido e discussão com os candidatos sobre segurança e transparência do processo.
Três chapas disputam o cargo com mandato de quatro anos. A expectativa era de que cerca de 1,2 mil moradores comparecessem às urnas, mas a votação foi encerrada ainda pela manhã. A reportagem esteve no local e registrou em vídeo os gritos e empurra-empurra entre apoiadores das chapas, muitos usando camisetas das chapas.
De acordo com o presidente da Comissão Eleitoral e vice-presidente da UMAM (União Municipal das Associações de Moradores), Marco Antônio Mendonça, não havia mais condições de segurança para continuar o processo. "Achamos melhor encerrar a eleição, não tinha segurança para manter”.
A principal acusação entre os grupos é de que moradores de fora do bairro estariam participando da eleição. Entretanto, o presidente da comissão eleitoral disse que há um cadastro dos votantes. “Falam que tem gente votando de fora, sendo que há um cadastro para os moradores votarem. Quem entrou até a sala de votação foi conferido nome por nome. Se alguém votou irregularmente, foi porque os fiscais das chapas deixaram”.
A eleição é disputada pelas chapas: Dil e Bel (Chapa 1), Vitor e Valdeci — atual presidente (Chapa 2) — e Bruno Messias e Sol (Chapa 3). A votação estava prevista para ocorrer das 8h às 16h, com urnas e cédulas de papel.

Mesmo com a confusão, eleitores compareceram cedo às urnas. Uma delas foi a cuidadora de idosos Ada Maria Nogueira, de 63 anos, moradora do bairro há 43 anos. Ela menciona que participa desde a primeira eleição que teve, em 1984. Ela apoia a chapa 3. “Apoio o Bruno porque ele é jovem e acho que pode fazer um trabalho diferente. Nosso bairro está abandonado, e o atual presidente não chama o povo para nada”, contou.

A professora Mariusa Custágio da Silva, de 55 anos, também esteve no local para votar, e disse que ficou indignada com a briga. “É importante votar pra poder cobrar. Eles levam nossos pedidos pra Câmara. Agora, essas brigas aí. Falta de vergonha”, criticou.
Após a suspensão, Marco Antônio explica que a expectativa é de que uma nova data seja marcada até agosto. Até lá, a Comissão Eleitoral seguirá analisando o ocorrido e discutirá com os candidatos formas de garantir a segurança e a lisura do processo “.Agora vai correr um prazo de uma semana para conversar com os candidatos e remarcar. O provável é que ocorra daqui uns três meses", afirmou.
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