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Saúde e Bem-Estar

Venda de canetas emagrecedoras tem novas regras e controle mais rígido

Medicamentos como Ozempic, Mounjaro e Wegovy estão no grupo que passou a ter mais controle

Por Kamila Alcântara | 29/06/2025 14:37
Venda de canetas emagrecedoras tem novas regras e controle mais rígido
Medicamento Ozempic, à base de semaglutida, fabricado pela farmacêutica Novo Nordisk (Foto: George Frey/Reuters)

A venda de canetas emagrecedoras, como Ozempic, Mounjaro e Wegovy, agora exige que farmácias e drogarias de todo o país retenham a receita médica. A regra, que já vale, foi determinada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aumentar o controle sobre o uso desses medicamentos.

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A Anvisa estabeleceu novas regras para a venda de canetas emagrecedoras como Ozempic, Mounjaro e Wegovy, exigindo a retenção de receitas médicas em farmácias e drogarias. As prescrições devem ser emitidas em duas vias, com validade de 90 dias, e as vendas precisam ser registradas no sistema nacional de controle de medicamentos. A medida visa coibir o uso indiscriminado desses medicamentos, destinados principalmente ao tratamento de diabetes e obesidade. Sociedades médicas apoiam a decisão e alertam sobre os riscos do uso de versões manipuladas ou comercializadas pela internet, que não passam pelos testes necessários de qualidade e segurança.

Desde a mudança, as receitas precisam ser emitidas em duas vias, como já acontece com antibióticos, e as farmácias devem registrar a movimentação no sistema nacional que controla medicamentos sujeitos a prescrição. A validade da receita é de até 90 dias a partir da emissão.

Segundo a Anvisa, a medida tem o objetivo de coibir o uso indiscriminado das canetas emagrecedoras, que são medicamentos destinados principalmente ao tratamento de diabetes e obesidade, mas vinham sendo usados de forma descontrolada por pessoas sem indicação médica.

Uso fora da bula - Mesmo com o controle mais rígido, os médicos seguem autorizados a prescrever as canetas para outros fins que não estejam descritos na bula – prática conhecida como uso off label. A agência reforça que a decisão deve ser tomada com responsabilidade e com a devida orientação ao paciente.

Sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade já defendiam a retenção das receitas. Essas entidades alertaram para o uso desenfreado desses medicamentos e a dificuldade de acesso para pacientes que realmente precisam deles.

“As canetas vinham sendo vendidas sem controle e, mesmo que a receita fosse exigida, não era retida. Isso facilitava o uso indiscriminado e a automedicação”, destacaram em nota.

Versões manipuladas - Outra preocupação das entidades é o uso de versões manipuladas ou vendidas pela internet, sem garantia de qualidade. Elas reforçam que medicamentos como semaglutida (substância do Ozempic) e tirzepatida precisam seguir rigorosos padrões de fabricação para garantir eficácia e segurança.

O alerta é claro: medicamentos manipulados não passam pelos testes necessários e podem oferecer riscos graves à saúde.

As recomendações são para que:

  • Médicos não prescrevam versões manipuladas desses medicamentos.

  • Pacientes não aceitem tratamentos com canetas manipuladas ou compradas em sites e aplicativos.

  • Órgãos como a Anvisa e os conselhos médicos intensifiquem a fiscalização.

*Texto com informações da Agência Brasil.

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