“Cada um no seu quadrado”: medo cala moradores após morte de traficante
Alan Reis foi morto em troca de tiros com a PM e escondia quase meia tonelada de drogas em casa
RESUMO
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Alan Silva Reis, de 23 anos, foi morto em confronto com policiais da Rotac no Jardim Centenário, em Campo Grande. O incidente ocorreu por volta das 21h de ontem, na Rua Ribeirão das Neves, quando o suspeito reagiu à abordagem policial. Natural do Pará e com antecedentes por tráfico, Alan havia se mudado para o local há cerca de três meses. Após o confronto, policiais descobriram aproximadamente 400 quilos de drogas na residência do jovem. Vizinhos, que preferem não se identificar, relatam que não suspeitavam das atividades ilícitas do rapaz.
Por volta das 21h de ontem, o Jardim Centenário, em Campo Grande, virou palco de tiros e sirenes. No meio da noite, Alan Silva Reis, de 23 anos, foi morto em confronto com policiais da Rotac (Rondas Ostensivas Táticas do Choque). Agora, vizinhos evitam falar e poucos imaginavam que o rapaz, recém-chegado à vizinhança, escondia quase meia tonelada de drogas dentro de casa.
A abordagem aconteceu na Rua Ribeirão das Neves. Conforme a Polícia Militar, Alan reagiu com tiros ao ser abordado e acabou baleado. Foi socorrido pelos próprios policiais, mas morreu no local. Durante a madrugada, os policiais descobriram que o jovem, natural do Pará e já com passagens por tráfico, guardava cerca de 400 quilos de drogas na residência.
A casa onde Alan morava fica em um terreno compartilhado com outras três moradias. E é entre esses vizinhos que o clima de apreensão tomou conta.
Hoje pela manhã, a reportagem foi até a região. As respostas, quando vinham, eram sussurradas. Ninguém quis se identificar, com receio de represálias. “É cada um no seu quadrado. Saio cedo para trabalhar e volto tarde”, resumiu uma moradora que divide o mesmo terreno com a casa do rapaz.
Outro vizinho contou ter ouvido três disparos. Disse que Alan morava ali fazia pouco tempo, “uns três meses, no máximo”. Nos poucos contatos que tinha, nada fazia imaginar que algo assim pudesse acontecer. “Sentava na frente com uns amigos, tomavam tereré. Ninguém desconfiava”, afirmou.
Na rua mal iluminada, o susto foi maior ainda. Uma moradora relatou que, no momento dos tiros, pensou que fossem fogos. “Ali é muito escuro, não tem iluminação nenhuma. Escutei e já me tranquei dentro de casa, porque não sabia o que era”, contou.
Agora, o receio é que o episódio traga ainda mais problemas para a região. Os moradores não sabem quem mais poderia estar ligado ao rapaz ou ao crime organizado que, segundo a polícia, ele integrava.
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