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Capital

Chefe de quadrilha que 'sumiu' com dez pessoas escondia pá, enxada e facão

Viviane Oliveira | 18/11/2016 11:29
Ossada humana de uma das vítimas foi encontrada ontem (17), durante escavações, no Jardim Veraneio (Foto: divulgação/Polícia Civil)
Ossada humana de uma das vítimas foi encontrada ontem (17), durante escavações, no Jardim Veraneio (Foto: divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil encontrou na casa de Luiz Alves Martins Filho, “o Nando”, de 49 anos, que foi preso temporariamente com mais nove pessoas durante operação na semana passada para desmontar esquema de tráfico de drogas e exploração sexual, um revólver calibre 38 com seis munições e ferramentas como pá, enxada e facão.

Luiz é apontado como chefe de um esquema envolvendo tráfico de drogas e exploração sexual que já resultou, no período de 4 anos, no desaparecimento de dez pessoas, entre jovens e adolescentes, no Bairro Danúbio Azul, região norte de Campo Grande. Durante as investigações, foi detectado que estas pessoas faziam parte de uma quadrilha que agia na região. 

No dia em que foi preso em casa, na Rua Euphrazina Vilela Cabral, Luiz relatou que guardava as ferramentas em casa, porque trabalhava como jardineiro. Quanto à arma, justificou que havia comprado um dia antes de um desconhecido para se proteger, pois estava recebendo ameaças de desafetos que moram no bairro.

A polícia informou, segundo processo, que na residência de Luiz foram encontrados vários objetos importantes para a investigação policial, pois há suspeita de que as vítimas desaparecidas foram mortas e enterradas. Ontem, por exemplo, uma ossada humana aparentemente de um homem de aproximadamente 35 anos, foi encontrada enterrada em uma área de mata, no Jardim Veraneio. Os ossos seriam de um dos envolvidos no esquema.

Conforme a polícia, os próprios integrantes do grupo, relataram que as vítimas eram enterradas de cabeça para baixo.

Exploração - Luiz, junto com os comparsas, comandava o esquema de tráfico de drogas e de exploração sexual. Eles aliciavam adolescentes e jovens dependentes químicos para vender droga e se prostituir a troco de pasta base de cocaína. As vítimas desapareciam quando queriam deixar o esquema ou se desentendiam com algum integrante do grupo. As investigações seguem e mais pessoas podem estar envolvidas com a quadrilha.

Audiência - No caso da prisão em flagrante referente a arma de fogo, crime que prevê fiança, Luiz passou por audiência de custódia no dia 11 e foi beneficiado com alvará de soltura. No entanto, não tem como afirmar que foi solto, porque no sistema da polícia consta que o suspeito continua preso temporariamente na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).

O Campo Grande News tentou falar com a delegada Aline Gonçalves Sinnott, responsável pela investigação, mas não conseguiu. 

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