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Capital

Cinco participaram de assalto a casal morto; quatro ainda foragidos

Francisco Júnior e Paula Maciulevicius | 05/07/2012 14:31
Neidinaldo disse que matou a mando de comparsa. (Foto: Minamar Júnior)
Neidinaldo disse que matou a mando de comparsa. (Foto: Minamar Júnior)
Revólver utilizado no crime. (Foto: Minamar Júnior)
Revólver utilizado no crime. (Foto: Minamar Júnior)

O assalto em que foram mortos estudante Luzia Barbosa Damasceno Costa, 25 anos, e o empresário Alberto Raghiante Junior, de 55 anos, envolveu cinco pessoas. Destes, apenas Neidinaldo Nascimento da Silva, 20 anos, foi preso.

Ele foi apresentado à imprensa na manhã desta quinta-feira no 4º Delegacia de Polícia. O assaltante confessou ter matado o casal. Também foi apresentado hoje Marcelo Araújo dos Santos, 21 anos. Ele não tem participação no crime, mas acabou flagrado com porções de droga na casa em que Neidinaldo foi preso, no bairro Moreninhas.

No local, segundo a Polícia, funcionava um ponto de venda de drogas. A arma utilizada para matar o casal também foi encontrada na casa, escondida na caixa d'água.

Os policiais chegaram até os dois após receber uma denúncia anônima feita no Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança).

Ainda estão foragidos Sidney Portilho da Silva (Pitão), Julielton Aparecido Gonçalves (Negão) 20 anos, e Gleisson Barros da Silva (Paraná). A Polícia ainda não identificou o líder do grupo, mentor do assalto.

De acordo com o delegado João Paulo Sartori, os quatro foragidos são co-autores do latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo ele, o mentor, ainda não identificado, foi quem chamou os demais para cometer o assalto.

Sartori explica que os bandidos planejaram o crime, sem definir a vítima. “O Alberto abriu oportunidade e os bandidos se valeram dessa oportunidade”, disse fazendo menção ao fato das vítimas estarem paradas dentro do veículo na rua.

Durante a coletiva, Neidinaldo deu detalhes do crime. Ele contou que estava juntamente com Sidney e Gleisson andando pela cidade à procura de uma vítima, quando viram o carro de Alberto, um Azera preto, estacionado na frente de um prédio próximo ao terminal Morenão.

Ele e Gleisson renderam o casal e entraram no veículo. Enquanto que Sidney ficou no carro dele, um Corsa branco. De lá, eles seguiram para a casa de Neidinaldo, onde Julielton estavam o esperando.

Gleisson ficou na casa e ordenou que as vítimas fossem executadas, segundo relato de Neidinaldo. Antes deles saírem, Gleisson, que ficou no local, tornou a mandar que o casal fosse morto.

Julielton assumiu a direção do veículo e eles foram para a rodovia Três Barras. As margens da pista, eidinaldo mandou as vítimas descerem do veículo, deitar de bruços e em seguida atirou na nuca de Alberto e Luzia.

Ele afirma que não tinha a intenção de matar o casal. “Não era para matar. Mas estava com cachaça e droga na cabeça”, disse relatando que em nenhum momento as vítimas esboçaram reação.

O rapaz disse que conforme o plano da quadrilha, o veículo roubado seria levado para o Paraguai. A Polícia está investigando essa hipótese. Porém, segundo o delegado, esse tipo de veículo não é visado na fronteira, assim como as caminhonetes.

Conforme Sartori, todos os integrantes da quadrilha vão responder por duplo homicídio e latrocínio. A pena somada desses dois crimes pode chegar a 60 anos. Neidinaldo ainda por ter a pena ampliada em mais 25 anos já que foi indiciado pelo crime tráfico de drogas e associação para o tráfico.

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