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Capital

Ciúmes de relação amorosa foi motivo de briga que terminou em morte de estudante

Alan Diógenes | 04/03/2015 18:42
Luana chegou a ficar internada na Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta manhã. (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Luana chegou a ficar internada na Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta manhã. (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Um desentendimento por um relacionamento homoafetivo foi o que levou a adolescente de 17 anos esfaquear Luana Braga Vilella, 16 anos, que morreu ao defender uma amiga no Terminal Nova Bahia, na manhã de ontem (3). A autora do crime se apresentou na manhã desta quarta-feira (4) à Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) acompanhada da mãe, a avó e o advogado para prestar depoimento.

Conforme a delegada Rozeman Geise Rodrigues de Paula, responsável pelo caso, a menor contou em depoimento que começou a andar com a faca na segunda-feira (2) para se defender, já que estava sendo ameaçada pelas amigas de Luana. “Ela conta que nem conhecia a Luana. Contou que brigava com a amiga da vítima por conta de ciúmes por um relacionamento amoroso”, explicou.

Segundo a delegada, familiares da autora disseram que ela não era agressiva e também não tem histórico de envolvimento em agressões. “As envolvidas moravam nas redondezas do Bairro Vida Nova, onde começaram as brigas com a amiga de Luana”, comentou.

A delegada ainda aguarda o exame necroscópico para saber quantas facadas foram desferias em Luana, mas tudo leva a crer que foi apenas uma no abdômen. Ela pretende concluir as oitivas, finalizar o inquérito e encaminhá-lo à Promotoria de Justiça até o final da semana. “Hoje ouvimos as testemunhas de defesa e acusação. Alguém mais que presenciou o fato ainda pode aparecer para contribuir com as investigações, por isso continuaremos com as investigações até o final da semana”, destacou Rozeman.

De acordo com Rozeman, o caso não pode ser considerado comum, mas é preocupante por envolver adolescentes prestes a chegar na maioridade que não conseguem resolver situações simples do cotidiano. “Acho que falta mais educação, dentro de casa, no meio social, entre outros fatores”, finalizou.

A autora foi liberada após prestar depoimento. Ela vai responder por ato infracional análogo ao homicídio doloso e à tentativa de homicídio em liberdade. Mas, a delegada pode pedir a reclusão da adolescente a qualquer momento, onde ela pode ser levada para uma unidade de internação para menores.

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